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Temporal causou prejuízo de mais de R$ 6 milhões em Santo André

Prefeitura realizou a recuperação de vários equipamentos públicos, incluindo serviços de limpeza e de manutenção

  • Carros foram levados pelas águas da chuva em Santo André.
    Foto: Divulgação/ Redes Sociais
  • Por: Redação
  • Publicado em: 11/12/2018
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 Prefeitura realizou a recuperação de vários equipamentos públicos, incluindo serviços de limpeza e de manutenção

 

 

chuvas

Chuvas causaram muitos prejuízos em Santo André no dia 23 de novembro. Foto: Divulgação/ Redes Sociais

A Prefeitura de Santo André investe R$ 6,1 milhões na recuperação de equipamentos públicos e manutenção de vias por conta de uma das mais intensas chuvas registradas na cidade nos últimos 10 anos. No último dia 23 de novembro, o município registrou 94 milímetros de precipitação em praticamente uma hora, quando o esperado para todo o mês era de 140 milímetros. Diversos equipamentos públicos foram danificados, o que mobilizou todas as equipes de manutenção nas ruas para um intenso trabalho de manutenção. Os ventos chegaram a até 90 quilômetros por hora.

As chuvas derrubaram um trecho de 35 metros do muro do cemitério da Vila Pires. Outro trecho, de 65 metros, deve ser demolido e será reconstruído. Também serão realizados serviços de drenagem para evitar acidentes futuros. O custo estimado para todos estes reparos é de R$ 1,1 milhão. No total, 33 escolas, incluindo creches e Emeiefs registraram alagamentos em telhados, quedas de muros e falta de energia. Cinco delas tiveram a suspensão das aulas, mas reabriram na semana seguinte ao temporal. O custo para estes reparos foi de R$ 850 mil. Na UPA Bangu, a abertura do forro de gesso de uma das salas de atendimento permitiu a entrada de chuva dentro da unidade, necessitando serviços de reparo e limpeza, a um custo de R$ 8,2 mil.

Parte da cobertura do prédio do Hospital do Idoso, na Vila Luzita foi derrubada. Para diminuir o risco, o restante da cobertura está sendo retirada. A queda da cobertura ocasionou o alagamento do prédio. A água atingiu paredes que são feitas de painéis de madeira e que não são impermeabilizadas e que, por isso, absorveram muita água, perdendo resistência. Este fato, aliado a uma sobrecarga imposta às lajes no fim de 2016, quando o pavimento superior foi usado como arquivo da Secretaria de Saúde, comprometeu estruturalmente o prédio. As avaliações de engenharia ainda não foram concluídas, mas preliminarmente, indicam a necessidade de demolição de pelo menos o segundo pavimento do espaço.

O prefeito Paulo Serra apresentou nesta terça-feira (11/12) o balanço dos prejuízos que a cidade teve por causa do temporal ocorrido há duas semanas. “Mais uma vez temos que lembrar que, apesar dos prejuízos, nenhuma vida se perdeu na cidade. Para as chuvas de verão deste ano, que esperamos que sejam dentro da normalidade, nós já estamos preparados. Todo suporte necessário como cobertores, colchões e alimentos já estão comprados e, caso haja necessidade, serão utilizados. Reforçamos ainda para que a população se cadastre no WhatsApp da Defesa Civil, pois informação é fundamental para evitar que os munícipes corram riscos”, destacou.

A avenida Industrial teve parte da rede de galerias pluviais totalmente destruída por conta da forte chuva. Equipes do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) já trabalham na recuperação do espaço, que custará R$ 56 mil. O canal córrego do Cemitério (Rhodia) terá que ser reconstruído a um custo de R$ 1,5 milhão, com previsão de início em janeiro de 2019. Serviços de recuperação pós-chuva, como limpeza de bocas de lobo (6 mil unidades), raspagem e lavagem de via e capina e roçagem (300 mil m²) também foram feitos emergencialmente.

O Semasa terá de investir R$ 4,181 milhões em reparos de redes de esgoto, de águas pluviais, obras e serviços de limpeza. Haverá a necessidade de reconstrução da laje de concreto do córrego canalizado do Clube Atlético Aramaçan com valor aproximado de R$ 300 mil. Será feita ainda a reconstrução do dique que separa o córrego Jundiaí do tanque de retenção do Semasa no bairro Santa Teresinha, a um custo de R$ 90 mil.

A Defesa Civil de Santo André atendeu 113 chamados nas 48 horas seguintes à forte de chuva, e realizou vistorias preventivas em muros, edificações, e atendimento de ocorrências de alagamentos, inundações e queda de árvores. No dia 23 de novembro, foram registrados 41 abates emergenciais de árvores e 112 podas emergenciais. Foram feitas 126 viagens com caminhões para a recolha dos galhos que ficaram espalhados por toda a cidade. Foram gastos R$ 125 mil com os serviços e outros R$ 285 mil com horas extras dos funcionários que trabalharam por dois dias ininterruptos.

Chuvas

A Prefeitura de Santo André lançou na semana passadas o Programa Operação Chuvas de Verão (POCV). A iniciativa, por meio da Defesa Civil, segue até 15 de abril de 2019, reforçando ações de acompanhamento e vigilância 24 horas para as chuvas. Neste ano, a operação conta com uma novidade: o envio de alertas da Defesa Civil por WhatsApp. O lançamento da operação ocorreu no novo piscinão do Jardim Irene, reservatório construído pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) para reter as águas do córrego André Magini e minimizar enchentes e alagamentos na região.

O sistema de alertas preventivos funciona baseado no monitoramento que é realizado pela Defesa Civil e os vários sistemas meteorológicos disponíveis. As mensagens incluem alertas de chuvas fortes, ventos, cuidados com raios, baixa umidade, baixas ou altas temperaturas, entre outras informações. Interessados em receber os alertas devem mandar uma mensagem via SMS ou WhatsApp para o número (11) 99584-5372, informando o nome e o bairro onde moram e a frase “Quero receber o alerta de chuva”. O serviço é gratuito. É possível também se cadastrar pelo site http://smscadastroalertadechuvasantoandre.blogspot.com/.