Mais um suspeito de participar da morte da família carbonizada em São Bernardo, em 28 de janeiro, está preso. Jonathan Fagundes Ramos se apresentou na manhã desta segunda-feira (10/02) em uma Delegacia de Praia Grande. Litoral sul de São Paulo, cidade onde os pais dele moram.
A Justiça já havia decretado na quinta-feira (06/02) a prisão dele. Jonathan Fagundes Ramos é irmão de Juliano de Oliveira Ramos Júnior, que está preso assim como a prima dos dois, Carina Abreu, que é companheira de Ana Flávia Gonçalves, filha do casal Romuyki Gonçalves, 43 anos , e Flaviana Gonçalves, 40 anos, além do filho Juan, de 15 anos. A filha do casal e a namorada são as principais suspeitas de planejar roubo e a morte da própria família. Ambas foram as primeiras a serem presas um da depois do crime.
Jonathan é acusado de comprar a gasolina para atear fogo no carro da família, na Estrada do Montanhão.
Entenda o caso
Romuyki, Flaviana e Juan foram carbonizados dentro veículo Jeep Compass, que pertencia à família.
Oos primeiros depoimentos, Ana Flávia e Carina negaram, mas com o depoimento de Juliano apontando-as como mentoras do crime, elas mudaram a versão e admitiram que planejaram o roubo. (Foram elas que colocaram os bandidos dentro do veículo e depois deixaram entrar na casa da família.
De acordo com a polícia, no primeiro depoimento, as suspeitas mencionaram que a família tinha uma dívida com um agiota e que Flaviana teria saído de casa de madrugada para realizar o pagamento e depois seguiria para Minas Gerais. A presença do filho no carro fez a polícia desconfiar da versão.
A Polícia encontrou a casa toda revirada e tinha sangue em cômodos, roupas e na máquina de lavar. O que levantou suspeita é de que a casa estava fechada, não tinha sinais de arrombamento. Foram roubados eletrodomésticos, documentos, joias, além de dólares e R$ 8 mil em espécie.
Também foram localizados litros de água sanitária e manchas de sangue no quarto do adolescente. Também havia manchas de sangue em peças de roupa de Ana Flávia (no joelho e na parte da genitália).
Uma testemunha chave revelou à Polícia que viu um homem de 1,90 m de altura junto com Ana Flávia e Carina, carregando coisas pesadas para o veículo. O suspeito é Juliano, primo de Carina, o terceiro a ser detidoem 4 de fevereiro. Ele já confessou o crime e mencionou que a ação foi premeditada e que Ana Flávia autorizou o assassinato da família.
De acordo com Juliano, a intenção dele e dos dois comparsas era roubar joias e dinheiro do cofre da casa. Na residência estavam Romuyki, o filho Juan, Ana Flavia e Carina, quando o trio chegou e anunciou o assalto.
Pai e filho teriam sido levados para o quarto do adolescente, onde teriam sido mortos asfixiados. De acordo com um dos presos, Carina teria participado do sufocamento de Romuyuki com um saco plástico. Já a mãe, Flaviana, chegou no condomínio mais tarde e foi vendada.
O que levantou suspeitas da Polícia é de que o carro de Ana Flávia e Carina entrou e saiu do condomínio seis vezes. A namorada Carina chegou às 20h na casa e estava de casaco com capuz, apesar de estar calor no dia. O fato gerou desconfiança da polícia.
O Jeep da família saiu condomínio às 0h50. O carro de Ana Flavia saiu na frente. Duas horas depois, os corpos de Flaviana, Romuyuki e Juan são encontrados carbonizados na Estrada do Montanhão. Quando os Bombeiros chegaram, o veículo ainda estava em chamas.
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