
Os servidores públicos da Educação de Diadema descumpriram decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo de manter 70% dos serviços em funcionamento nesta quinta-feira (05/06), dia de paralisação da categoria. A informação de descumprimento é da Prefeitura. A greve foi organizada pelo Sindema (Sindicado dos Funcionários Públicos de Diadema).
Segundo informações preliminares, das 61 escolas, apenas quatro não tiveram nenhum tipo de adesão à greve, o que prejudicou os alunos da cidade na avaliação da Administração municipal que emitiu uma nota oficial na qual diz achar estranho de a greve concentrar no setor. Nos demais setores da Prefeitura a adesão foi pequena. O balanço ainda está sendo fechado pelo governo.
Veja a nota oficial:
“A Prefeitura de Diadema informa que, desde o início do ano, vem mantendo tratativas amistosas com o SINDEMA, abordando temas como o auxílio-saúde, a mesa de negociação permanente e o índice de reajuste proposto — alinhado aos percentuais praticados nos municípios vizinhos. A paralisação ocorrida nesta data causou estranhamento, especialmente pelo fato de que a maior parte da adesão concentrou-se na Secretaria de Educação. Nas demais Secretarias, a participação foi bastante reduzida, sendo que, em grande parte delas, não houve qualquer adesão por parte dos servidores.
A grande adesão da Educação, estimulada pelo SINDEMA — que, conforme documentos internos, chegou a solicitar que os alunos não comparecessem às escolas hoje —, demonstra o viés político da paralisação, descumprindo, inclusive, norma estabelecida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que determinou a manutenção de 70% dos serviços da Prefeitura de Diadema.
A Prefeitura aguardará a audiência de conciliação, que ocorrerá no dia 10/06″.

Manifestação
Servidores foram até a Câmara nesta quinta-feira fazer uma manifestação durante a sessão. Os funcionários públicos não aceitam o reajuste concedido pela Prefeitura que é de 4,87%, parcelados em duas vezes, e de ‘auxílio-saúde’ de R$ 133,40.
Como a Câmara ficou lotada (capacidade para 250 pessoas), os demais servidores tiveram de ficar do lado de fora do prédio do Legislativo.