Semasa amplia área para disposição de resíduos no Aterro Sanitário
Licença de operação emitida pela Cetesb era o último passo para utilização da nova área
Licença de operação emitida pela Cetesb era o último passo para utilização da nova área
O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) obteve da Cetesb a Licença de Operação (LO) para início da disposição de resíduos na fase 2 de ampliação do Aterro Sanitário municipal. O prefeito Paulo Serra realizou vistoria no equipamento nesta quarta-feira (27), quando teve início a operação.
“Começamos hoje a operar a ampliação do aterro municipal. Esta é uma obra que, apesar de não ser perceptível no dia a dia da população, tem impacto direto na qualidade de vida na nossa cidade”, afirma o prefeito Paulo Serra.
O aterro de Santo André é o único equipamento público da região e, ao utilizar o novo espaço – evitando que o lixo seja disposto em um aterro particular – a economia esperada é de aproximadamente R$ 40 milhões (valor equivalente ao período em que o local poderá continuar recebendo resíduos, até que cesse a sua vida útil). A área liberada nesta etapa é de 17.970 metros quadrados, e permitirá receber resíduos por dois anos. Há ainda uma outra etapa de ampliação, cujos estudos e processos serão iniciados ainda este ano. Esta outra área garantirá ao aterro mais três anos de operação, totalizando cinco anos de vida útil nestes dois momentos.
“Seguimos investindo em programas e ações que fomentem e sensibilizem as pessoas para a correta separação de resíduos. Além disso, realizamos recentemente um estudo com os catadores informais da cidade e, a partir deste diagnóstico, pretendemos inserir estas pessoas nas cooperativas de reciclagem, dando mais dignidade ao trabalho delas”, comentou o superintendente do Semasa, Gilvan Junior, também presente na vistoria.
O processo de licenciamento teve início em 2018, sendo que o Semasa desenvolveu diversos estudos técnicos que subsidiariam a Cetesb no parecer técnico, e que permitiram a viabilidade ambiental da ampliação. “As obras de escavação e impermeabilização do solo, essenciais para garantir a segurança do meio ambiente e evitar qualquer tipo de contaminação, duraram seis meses e, em novembro de 2021, a autarquia solicitou a Licença de Operação ao órgão estadual. No total, a autarquia investiu R$ 5 milhões nas obras de expansão”, explica o diretor de resíduos sólidos do Semasa, Edinilson Ferreira dos Santos.
A autarquia desenvolve ainda outras iniciativas para ampliar a vida útil do espaço e melhorar o gerenciamento e a disposição final de resíduos na cidade. Há projeto para instalar uma usina de compostagem, dentro da área do aterro, para processamento e transformação de resíduos orgânicos de feiras-livres e poda em composto orgânico e, em breve, também ocorrerá a implantação de um britador para beneficiamento dos resíduos de construção civil.
Histórico
O aterro andreense recebe 100% dos resíduos úmidos gerados na cidade, ou seja, 19 mil toneladas por mês. As obras de ampliação do espaço foram divididas em três etapas. As intervenções permitiram ampliar a área de disposição de lixo em 30%, passando de 217 mil metros quadrados para os atuais 280 mil.
O local, cuja gestão é do Semasa, é um dos equipamentos públicos mais bem avaliados pela Cetesb, com nota 9,4. Aberto em 1986, o aterro integra o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR), que abriga ainda as duas cooperativas de reciclagem parceiras do município, responsáveis pela triagem e venda dos materiais recicláveis oriundos da Coleta Seletiva, o ecoponto especial de pneus de grandes geradores e as lagoas de chorume (líquido percolado proveniente da decomposição do lixo orgânico).
Futuro
Por meio do programa Sanear Santo André, a Prefeitura de Santo André e o Semasa vão implantar uma nova Central de Triagem de Resíduos Recicláveis em uma área contígua ao aterro. Além disso, está em andamento a Parceria Público Privada para proposições de projetos, estudos e alternativas para a modernização e melhoria da gestão de resíduos andreense o que, a médio prazo, poderá apresentar novas metodologias e ferramentas para a disposição final dos resíduos orgânicos gerados no município, tendo em vista que em determinado momento o espaço e a vida útil do aterro se cessarão.