Sem serviço de guincho próprio, Diadema usa socorro de São Bernardo na divisa
Prefeitura nega, mas serviço de guincho é acionado principalmente nas vias que fazem divisas entre as cidades, como a avenida Piraporinha
Prefeitura nega, mas serviço de guincho é acionado principalmente nas vias que fazem divisas entre as cidades, como a avenida Piraporinha
Com 30,7 km2 de extensão territorial, Diadema não possui contrato de serviço próprio de guincho. Para resolver problemas com veículos nas ruas da cidade, a Prefeitura utiliza o maquinário do pátio (administrado por uma empresa privada) e também conta com empréstimos de São Bernardo quando as ocorrências são na divisa e prejudicam o trânsito na cidade vizinha
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Embora negue oficialmente que utilize o socorro da cidade vizinha, Diadema confirma que o guincho do pátio de veículos é acionado. “A assessoria de imprensa da Prefeitura de Diadema informa que a cidade conta com guincho do pátio de veículos, que é terceirizado, e utilizado na maioria das vezes para remoção de veículos abandonados. Em operações de trânsito, é esse guincho que também é utilizado em auxílio. Não procede que a cidade use guincho emprestado de outro município”, diz a nota oficial enviada pela Prefeitura ao ABCD Jornal.
De acordo com dados do IBGE, São Bernardo possui uma frota municipal de veículos quase três vezes maior que a de Diadema. São 644,7 mil automóveis, caminhões, motos, entre outros veículos são bernardenses contra 239,1 mil diademenses.
À reportagem, funcionários do próprio departamento de trânsito de São Bernardo confirmaram o “empréstimo”, que afirmam ocorrer principalmente nas vias que cortam as divisas, como a avenida Piraporinha, por exemplo. Os problemas ocasionados no tráfego, principalmente nos horários de pico, afetam as duas cidades.
A Prefeitura de São Bernardo confirma a “parceria” no serviço de trânsito. “A Prefeitura esclarece, por meio da Secretaria de Transportes e Vias Públicas, que os guinchos da cidade são utilizados, esporadicamente, para remoção de veículo pesado quando há necessidade próxima à divisa entre os municípios. Reforça que o uso do referido equipamento apenas se dá quando, após análise da coordenação de operação, conclui que o fluxo de veículos em São Bernardo está sofrendo as consequências e está, demasiadamente, prejudicada por carro pesado quebrado em via próxima dos limites das cidades, sempre com a ciência e concordância dos responsáveis pela operação de trânsito da cidade vizinha”, afirma a nota oficial da Prefeitura de São Bernardo.
Diadema informa que “segundo o Código Brasileiro de Trânsito, o veículo na via é de responsabilidade do seu proprietário.”