
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos principais nomes a discursar no ato em defesa de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista neste domingo (3). Com falas duras, o parlamentar atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pediu sua prisão, além de cobrar anistia ao que participaram do 8 de janeiro.
Em cima do trio elétrico, Nikolas criticou as sanções aplicadas por Moraes a Bolsonaro, que agora é obrigado a usar tornozeleira eletrônica e não pode sair de casa nos fins de semana. O deputado dirigiu-se diretamente ao ministro, a quem chamou de “violador de direitos humanos”.
“Você, sem a toga, não sobra nada”, disse Nikolas. “Eu posso usar cartão de crédito, eu posso ter rede social, e eu posso também usar pente de cabelo”, em uma clara alusão às sanções impostas.
O deputado também fez críticas à diplomacia do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e cobrou os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, por medidas que concedam anistia aos que são acusados de golpismo.
No discurso, Nikolas Ferreira usou o óbito de Clériston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, para atacar o ministro, e disse que o Supremo vem “escalando” medidas contra bolsonaristas desde a prisão do ex-deputado Daniel Silveira.
O ato bolsonarista reuniu apoiadores em diversas cidades do país. Em São Paulo, houve a presença de figuras como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o pastor Silas Malafaia. Bolsonaro, que não pôde comparecer devido às restrições judiciais, acompanhou as manifestações por videochamada.
