
A Adega do Braga, localizada em São Bernardo, que foi interditada nesta sexta-feira (03/10) após uma denúncia de que estaria vendendo bebidas adulteradas com metanol, utilizou as redes sociais para se manifestar publicamente sobre o ocorrido. A interdição e a coleta de produtos por uma força-tarefa para perícia foram motivadas pelo relato de uma pessoa que teria passado mal após consumir bebida no local.
Em um post no Instagram, o estabelecimento reconheceu que seus clientes já estavam a par da situação e que a manifestação se fazia necessária para dar uma satisfação. O texto, publicado junto com um vídeo do proprietário, faz um apelo à fidelidade da clientela, destacando a “procedência” do comércio e a identidade de seus donos.
“Como vocês conhecem e frequentam nossa adega sabem da nossa procedência e quem realmente somos, não precisamos ficar nos explicando tanto, mas foi uma vergonha a forma como chegaram abordando”, diz a publicação.
O comércio questionou o método da fiscalização, sugerindo que os órgãos de controle deveriam focar nos responsáveis primários pela adulteração. “Mas acho principalmente que deveriam estar indo no ponto certo, nos fabricantes ou fechando no geral. Fechar nossos comércios de bairro só vai atrasar o nosso lado! E as contas ficam como?”, questionou a adega.
A postagem, que foi encerrada com a frase motivacional “PODEM ME TIRAR TUDO O QUE EU TENHO, MAS AINDA ASSIM VÃO ME VER BRILHAR E CONQUISTAR TUDO DE NOVO”, agradeceu tanto aos apoiadores quanto aos autores de “comentários maldosos”, enfatizando a seriedade do tema. “Estamos falando sobre vidas, não é uma coisa qualquer, que quem estiver fazendo isso tudo, pague!”, finalizou.
A Prefeitura de São Bernardo, nesta sexta-feira, informou que a interdição visa proteger a saúde pública e que as bebidas recolhidas passarão por perícia para confirmar a presença ou não de metanol, substância tóxica e perigosa. O resultado do laudo pericial é aguardado para determinar os próximos passos da investigação.
