Santo André terá semana de conscientização da importância do cão-guia
Lei de autoria da vereadora Dra. Ana Veterinária segue para sanção do Executivo de Santo André
Lei de autoria da vereadora Dra. Ana Veterinária segue para sanção do Executivo de Santo André
Os cães-guias e os seus treinadores desenvolvem um importante papel na sociedade com a promoção de melhoria da mobilidade de pessoas com deficiência visual. E agora, em Santo André, eles serão homenageados com a Semana de Conscientização da Importância do Cão-Guia, a ser realizada anualmente na última semana do mês de abril.
O objetivo da lei de autoria da vereadora Dra. Ana Veterinária (PSD) é levar informação à sociedade sobre todo o processo de desenvolvimento de um cão-guia e os benefícios que eles trazem à pessoa cega ou com baixa visão. Paralelamente, incentivar a sociedade a auxiliar no treinamento dos animais, uma vez que o desenvolvimento deste tipo de animal necessita de famílias.
“Além de propiciar uma mobilidade excepcional, esses cães também trazem vários outros benefícios como o aumento da autoestima e uma maior inserção social da pessoa com deficiência visual. Por meio de ações, campanhas e projetos a cidade pode agora levar informação a sociedade e, por exemplo, combater constrangimentos e discriminação que portadores de deficiência visual e seus cães-guias sofrem por não perceberem o quão importante é esse trabalho”, pontuou a vereadora.
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Brasil possui hoje cerca de 7 milhões de deficientes visuais e apenas 200 cães-guia trabalhando no país. Vale lembrar que o cão-guia deve ter acesso livre de forma a não restringir o direito de ir e vir das pessoas cegas que optaram por esse meio de auxílio e para tanto existe a Lei Federal 1126/2005.
Diversas raças podem ser utilizadas para esse fim, como Golden Retriever, Labrador, Pastor alemão, Poodle Gigante, Flat-Coated Retriever entre outras. Porém, um cão, seja de qualquer raça, tem de passar por algumas etapas até se tornar um guia. A primeira delas se dá quando o filhote ainda é recém-nascido, e passa por vários exames clínicos e psicológicos. Isso garante que os cães que passam para a próxima etapa estarão saudáveis, com o temperamento estável e sem nenhum traço de agressividade.
“O próximo passo é a socialização. Nessa fase, o filhote é entregue a uma pessoa ou família socializadora. Esses indivíduos são voluntários, devidamente cadastrados e instruídos. Eles são autorizados por lei e incentivados a levar os cãezinhos ao maior número de lugares possível, onde eles devem ensiná-los a conviver com outros seres humanos, e como devem se comportar em cada um desses locais”, disse Ana Veterinária em sua justificativa para a criação da lei municipal.
Dessa forma, os cães que irão para a etapa seguinte não estranharão e se comportarão adequadamente nos mais diversos ambientes e situações pelas quais passarão. A socialização pode durar de 8 meses a 1 ano e 2 meses dependendo do treinador ou da escola onde estão sendo treinados.
Após terem sido socializados, os cães vão para o treinamento específico de cão-guia. Nessa fase, eles aprendem como desviar de obstáculos tanto laterais quanto aéreos, sempre levando em consideração que terão uma pessoa caminhando ao seu lado. Aprendem também a encontrar várias coisas mediante comandos do usuário como entradas e saídas de estabelecimentos, escadas, elevadores, as guias das calçadas, faixas de pedestre, dentre outras.