Moradores de Santo André tem usado as redes sociais para relatar que têm encontrado escorpiões em suas residências. A prefeitura confirmou o problema e salientou que a ocorrência de escorpiões é um fenômeno antigo na cidade, desde a década de 70. Em 2019, foram encontrados 26, em 16 bairros diferentes do município.
“Para reverter este quadro, a administração municipal realiza vistorias, orientações aos munícipes e acompanhamento dos casos. A recomendação para os munícipes é examinar sapatos, cortinas e montes de entulhos, locais onde normalmente estes animais se escondem. O morador que encontrar os escorpiões em sua residência, deve registrar a ocorrência no telefone 08000-191944 (atendimento ao munícipe) ou pelo aplicativo Colab”, informou a Prefeitura.
De acordo com a administração municipal, o animal capturado pode ser entregue na Gerência de Controle de Zoonoses da cidade (Rua Igarapava, 239 – Vila Valparaíso), que o encaminhará ao Instituto Butantã. “É importante sempre colocar endereço de captura e telefone de contato”, afirmou.
A Prefeitura de Santo André informou que os 26 escorpiões encontrados na cidade em 2019 apareceram nos seguintes bairros: Valparaíso, Jardim Alzira Franco, Camilópolis, Parque das Nações, Parque Oratório, Centro, Camilópolis, Utinga, Vila Guiomar, Bairro Jardim, Vila Luzita, Jardim Santo Antonio, Vila Sacadura Cabral, Vila Aquilino, Vila Metalúrgica e Jardim Santo André.
“Esclarecemos que, das 26 ocorrências de escorpiões registradas no ano passado no Departamento de Vigilância à Saúde, apenas três foram de situações que envolveram acidentes com o animal”, completou.
O Manual de Controle de Escorpiões, elaborado pelo Ministério da Saúde e disponível na internet, contém orientações importantes sobre como lidar com o animal. Segue trecho da publicação:
“O hábito dos escorpiões de se abrigarem em frestas de paredes, embaixo de caixas, papelões, pilhas de tijolos, telhas, madeiras, em fendas e rachaduras do solo, juntamente com sua capacidade de permanecer meses sem se movimentar, torna o tratamento químico ineficaz. O que também torna os escorpiões resistentes aos venenos é o fato de possuírem o hábito de permanecer em longos períodos em abrigos naturais ou artificiais que impedem que o inseticida entre em contato com o escorpião. Além disso, possuem capacidade de permanecer com seus estigmas pulmonares fechados por um longo período. A aplicação de produtos químicos de higienização doméstica compostos por formaldeídos, cresóis e paracloro-benzenos e de produtos utilizados como inseticidas, raticidas, mata-baratas ou repelentes do grupo dos piretróides e organofosforados não são indicados por causarem o desalojamento dos escorpiões para locais não expostos à ação desses produtos, aumentando o risco de acidentes. Além disso, cria-se a falsa sensação de proteção por parte dos moradores que acreditam que o problema foi resolvido, passando a negligenciar o trato com o ambiente. Por isso, é necessário que a população desses locais seja devidamente conscientizada quanto às medidas de prevenção de acidentes, previamente à aplicação destes produtos”
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