Santo André ganha 6 mil novos MEIs em cinco meses
Formalização do microempreendedor gera impactos positivos na média de ganho mensal, segundo Avaliação de Impacto do Sebrae
Formalização do microempreendedor gera impactos positivos na média de ganho mensal, segundo Avaliação de Impacto do Sebrae
Cerca de 6 mil pessoas formalizaram sua pequenas empresas se tornando (Microempreendedores Individuais) em Santo André entre os meses de janeiro e maio deste ano, segundo números do Mapa de Empresas, ferramenta disponibilizada pelo Governo Federal. Esse contingente de empreendedores entrou para o grupo de pessoas que, ao conquistarem um CNPJ e atuarem como MEIs, têm sua renda aumentada entre 7% e 25% na comparação com o período de informalidade.
Essa diferença de rendimento foi apontada pela pesquisa de Avaliação de Impacto realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas no mês de junho, e que demonstra, também, que a formalização provoca um impacto de cerca de R$ 80 bilhões na economia do país, recursos gerados pelos cerca de 17,4 milhões de MEIs ativos no país.
O levantamento do Sebrae mostra ainda que houve um crescimento de cerca de 215% no número de MEIs no país entre os anos de 2014 e 2022, quando o número de formalizados saltou de 4,6 milhões em 2014 para 14,6 milhões em 2022. Em Santo André há aproximadamente 60 mil MEIs ativos.
O MEI é uma modalidade do regime tributário do Simples Nacional que confere simplificação, isenção de custos de registro e escrituração fiscal, além da redução da carga tributária e da contribuição previdenciária de microempreendedores que tenham receita bruta anual de até R$ 81 mil por ano.
“Nossa política de desenvolvimento econômico tem trabalhado, desde 2017, na oferta de qualificação para o empreendedorismo e no estímulo à formalização. A formação é importante porque, além dos benefícios que o empreendedor passa a ter, como a possibilidade de dar nota fiscal e de vender para o governo, o MEI tem em média, segundo o levantamento, rendimentos em torno de R$ 3,5 mil, enquanto quem não se formaliza registra rendimentos de em média R$ 1,2 mil”, frisa o secretário de Desenvolvimento e Geração de Emprego, Evandro Banzato.
A formalização facilita ainda o acesso ao crédito, o que é fundamental para o crescimento da empresa e impacta diretamente na economia do país. Estudo realizado pelo Sebrae com base em dados disponibilizados pelo novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) aponta que, em cada dez postos de trabalho gerados no Brasil, aproximadamente oito foram criados pelas micro e pequenas empresas no ano passado.
Sala do Empreendedor
Para apoiar o empreendedor no caminho para a formalização, Santo André conta com a Sala do Empreendedor, um espaço que visa a simplificação dos procedimentos de registro de empreendedores individuais, além de micro e pequenas empresas no município de Santo André, com atendimento exclusivo ao próprio empreendedor de segunda a sexta, das 10h às 16h, no Térreo 1 da Prefeitura. É preciso agendar horário pelo site www.santoandre.sp.br (por meio do acesso ao ícone Portal do Empreendedor).
Depois de formalizado, o microempreendedor também pode receber o apoio da Prefeitura de Santo André para encontrar o crédito mais indicado às suas necessidades. Além do Banco do Povo, que fica junto à Sala do Empreendedor, a prefeitura disponibiliza uma plataforma que traz uma lista de opções de linhas de crédito voltadas para microempresas, o programa Mais Crédito Empresarial. O acesso é feito por meio do Portal do Empreendedor, no site da Prefeitura de Santo André, ou através do endereço http://bit.ly/CreditoSantoAndre.
O programa Mais Crédito é apenas uma das ações implementadas para incentivar o fortalecimento dos MEIs ativos na cidade. Além desta iniciativa, estão disponíveis diversas opções de qualificações oferecidas pela Escola de Ouro Andreense, e também formações realizadas em parcerias com o Sebrae, como o programa Sebrae Delas, e com o Governo do Estado, por meio do programa Via Rápida Emprego.
O empreendedor de Santo André pode contar também com o Circuito Andreense de Empreendedorismo, que leva informação e qualificação aos empreendedores dos bairros, com o Circuito Mulheres Empreendedoras, que oferece formação para mulheres em situação de vulnerabilidade social, e o programa Empreender no Turismo em Paranapiacaba, que oferece consultoria e qualificação aos pequenos empresários da Vila.