S.Caetano envolve 150 pessoas em Simulado de Atendimento a Múltiplas Vidas

Prefeitura organizou um fim de semana com diversas ações, incluindo palestras e treinamento prático

 

Para as equipes que trabalham em situações que envolvem atendimentos a múltiplas vítimas, a preparação, alinhamento, orientação e treinamento são fundamentais para a gestão de uma crise. Por isso, a Prefeitura de São Caetano do Sul organizou um fim de semana com diversas ações, incluindo palestras e treinamento prático.

No sábado (5/11) foi realizado o I Simpósio de Gerenciamento de Desastres reunindo médicos, enfermeiros, Defesa Civil, equipe de trânsito, bombeiros, equipes de segurança e estudantes da área de saúde. Durante todo o dia, foi abordado o papel dos setores em ações de salvamento. Temas como a atuação do corpo de bombeiros em atendimento a vítimas de desastre; o papel da regulação; o papel da Central de Regulação SAMU; resposta rápida das equipes do COFEN (Conselho Federal de Enfermagem) aos colaboradores da enfermagem; atendimento e transporte aeromédico e incêndio hospitalar. O evento, realizado no auditório da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), reuniu mais de 100 pessoas presencialmente, além dos que participaram pela plataforma YouTube, de forma híbrida.

“As equipes de saúde precisam trabalhar com respostas rápidas. A preparação dos profissionais envolve treinamentos contínuos, para aperfeiçoamento constante de todos os envolvidos, testando a capacidade de atendimento ampliado, calma e concentração. Acidentes de grandes proporções são imprevisíveis e precisamos estar preparados”, destacou a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone.

Já no domingo (6/11), as equipes do SOS Cidadão 156, SAMU (São Caetano, São Bernardo do Campo e Mauá), Defesa Civil, Atenção Básica, Corpo de Bombeiros, GCM, Mobilidade Urbana, Polícia Militar, UPA, Sabin, GOE (Grupo de Operações Especiais) da Polícia Civil, além de hospitais e empresas privadas da região participaram de um Simulado de Múltiplas Vidas, para que todos estejam capacitados e preparados para urgências e emergências.

“Um acidente de grande proporção envolve centenas de profissionais que precisam estar preparados para agir rápido, de forma organizada e integrada. Desde a triagem para classificação de gravidade das vítimas, incluindo os primeiros atendimentos até o encaminhamento para unidades hospitalares, que precisam estar prontas para receber e atender dezenas de vítimas que entram simultaneamente. As equipes mostraram eficiência, já que em uma hora, conseguimos retirar 30 vítimas do local e encaminhá-las para os hospitais da região, de acordo com a gravidade dos casos”, destacou a coordenadora médica do SOS Cidadão 156, Alessandra Masiukewycz.

Foram mais de 150 participantes entre equipes de resgate e voluntários, além de estudantes de medicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) que foram as vítimas. A simulação foi de um acidente envolvendo carro, ônibus, atropelamento, capotamento e 30 vítimas.

“Os alunos aprenderam mais do que podemos ensinar na faculdade, que são os protocolos. Aprenderam que a colaboração e a função definida de cada profissional, salvam vidas. Entenderam ainda que a condição humana nos faz errar. Então, simular, estudar, treinar e estudar mais, faz com que o profissional esteja em alerta e erre menos, ou não erre, em momentos que cada decisão impacta sobre a vida das vítimas. Certamente no próximo simpósio as discussões serão ainda mais profundas e a simulação mais complexa. Isso permitirá que a universidade contribua com as tecnologias e saberes permitindo que os profissionais estejam ainda mais aptos a agir em momentos de extrema tensão”, afirmou Erico Filev Maia, gestor do curso de Medicina da USCS.

“Foi a primeira vez que participei de um simulado desse tipo, gostei muito. O atendimento foi rápido e organizado”, afirmou Andresa Silva Santos, que foi uma das vítimas durante a simulação.

“Quem acompanha um grande acidente do lado de fora da ação, não consegue imaginar quantas equipes estão envolvidas e quantos detalhes são necessários para que o salvamento aconteça rápido e organizado”, destacou Alessandro Marco Beltrame, que atuou na equipe de salvamento da Atenção Básica.