O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, lançou, nesta segunda-feira (04/09), o Programa Diabetes Sob Controle, disponibilizando sensor de glicose para crianças e adolescentes de 4 a 17 anos, insulino-dependentes, moradores do município e cadastradas no Estratégia Saúde da Família.
O dispositivo aplicado na parte superior do braço, permite medir a glicose no sangue através de um leitor ou aplicativo no celular, sem necessidade de furar o dedo.
Cada aparelho custa em torno de R$ 300 e a manutenção por criança é de R$ 600 por mês. Auricchio disse que esse investimento ajudará evitar sérios problemas que a doença traz.
“Lançamos hoje o Programa Diabetes Sob Controle, que consiste no monitoramento contínuo da glicose, com moderno equipamento indolor, que leva mais eficiência e conforto aos pacientes”, afirmou o prefeito.
De acordo com a Secretária da Saúde, Regina Maura Zetone, o dispositivo já foi instalado em 30 crianças e adolescente e será um importante aliado para levar mais qualidade de vida a esses jovens. “Trata-se de um investimento”, afirmou Regina.
O equipamento monitora a glicose, com um sensor que fica colado no braço do paciente e permite a leitura através de leitor ou aplicativo de celular. “Um programa que integra saúde e educação, auxiliando educadores e pais no controle do diabetes de forma contínua, durante 24 horas, sem a necessidade de furar o dedo do paciente para monitorar a glicose. Sem dúvida, trará mais qualidade às nossas crianças e jovens e mais tranquilidade aos pais e professores. Mais importante que a medição isolada, o equipamento armazena a curva glicêmica gerando relatórios para que os médicos tenham uma análise precisa de até 90 dias”, explicou Auricchio.
Ao passar o leitor pelo dispositivo, o paciente terá o histórico glicêmico das últimas 8 horas e uma seta de tendência mostrando se a glicose está subindo, baixando ou mudando lentamente. “A escolha do grupo atendido (crianças de 4 a 17 anos) foi baseada em estudos que indicam essa faixa etária como prioritária. O controle do diabetes na infância está diretamente ligado ao desenvolvimento neurológico e ao crescimento. Além disso, o controle nessa faixa etária é mais difícil, devido às variações de glicemia (hipoglicemia e hiperglicemia). As crianças que desenvolvem a doença em idade precoce serão adultos diabéticos, convivendo mais tempo com a doença, com mais risco de complicações crônicas, se não houver controle adequado”, explicou a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone.
O sensor instalado diretamente na pele é trocado a cada 14 dias. Uma vez por mês, o paciente vai até a farmácia de dispensação, no Atende Fácil Saúde, e leva o leitor para que os dados sejam transferidos para o sistema. O médico do paciente terá acesso a essa plataforma de qualquer localidade com todos os relatórios. Caso o paciente esteja fazendo o uso do aplicativo de celular, as informações sobem automaticamente para nuvem e o médico também terá acesso. “Um instrumento que certamente vai facilitar a vida das crianças e estudantes, que lidam diariamente com a doença. Muitas crianças passam o dia todo na escola e o aparelho vai facilitar o controle de professores garantindo mais segurança, qualidade e agilidade na tomada de decisões”, afirmou a secretária de Educação, Minéa Fratelli.
Claudia Lopes da Silva, mãe de Giovanna (14 anos), ficou encantada com a tecnologia. “Isso vai mudar a vida da minha filha e a minha também. Os dedinhos dela estão constantemente roxos de tanto furar. Agora, ela terá mais liberdade e eu, mais tranquilidade”, comemorou.
Uma educadora em diabetes capacitou todos os pais e alunos, logo após o lançamento do evento. No mês de julho, a capacitação foi realizada com 335 pessoas, entre educadores (diretores e coordenadores do ensino infantil, fundamental e médio) e equipes da Atenção Básica (auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros, pediatras e médicos da ESF, nutricionistas e Agentes Comunitários de Saúde), para entenderem o funcionamento do dispositivo e auxiliarem as crianças envolvidas no programa.
A entrada no programa é feita pela UBS referência da criança e o acompanhamento será feito pelo endocrinopediatra na USCA (Unidade de Saúde da Criança e do Adolescente) ou no CTNEN (Centro de Triagem Neonatal e Estimulação Neurossensorial).
O grupo monitorado participará de 12 rodas de conversa com a educadora especialista em diabetes com temas variados como: automonitoramento, alimentação saudável, tempo no alvo, importância dos medicamentos, contagem de carboidratos, plataformas digitais, adaptação saudável, conscientização sobre diabetes, mitos e verdades, diabetes na infância, entre outros.
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