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S.Bernardo lança programa de Sistemas Agroflorestais em aldeias indígenas

Na semana em que se comemorou o Dia dos Povos Indígenas, Prefeitura apresenta projeto para investir na produção de alimentos de forma sustentável nas comunidades

  • S.Bernardo lança programa de Sistemas Agroflorestais em aldeias indígenas.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 22/04/2023
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Na semana em que se comemorou o Dia dos Povos Indígenas, Prefeitura apresenta projeto para investir na produção de alimentos de forma sustentável nas comunidades

três crianças indígenas

São Bernardo lança programa de Sistemas Agroflorestais em aldeias indígenas. Foto: Divulgação/PSBC-Ricardo Cassin

Em homenagem ao Dia dos Povos Indígenas celebrado anualmente no dia 19 de abril, a Prefeitura de São Bernardo, governada por Orlando Morando, lançou programa para implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) em aldeias indígenas da cidade. Com recuperação da vegetação local, o projeto trata de investimento na produção de alimentos de forma sustentável nas comunidades de povos originários. A medida envolve o valor total de R$ 452 mil, englobando o prazo de até 60 meses de implementação.

A proposta, desenvolvida pela Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal, terá abrangência nas três aldeias de São Bernardo: Guyrapaju, Kuaray Rexakã e Nhamandú-Mirim na Terra Indígena Tenondé Porã, localizadas no Pós-balsa, onde vivem mais de 1.500 pessoas. Essa iniciativa promove o cultivo de alimentos por meio de florestas nativas em regeneração, além de difundir e orientar sobre o plantio, visando a autossuficiência alimentar nessas comunidades, em sinergia com a sustentabilidade de conservação e preservação das características naturais da região.

O programa abrange a restauração de 30 mil metros quadrados de área verde. O investimento se dá em convênio com o programa Refloresta SP, viabilizado em parceria com o governo do Estado, via Fecop (Fundo Estadual de Controle da Poluição). O projeto foi aprovado no ano passado, quando mais de 60 municípios cadastraram propostas junto à gestão paulista. Destas, foram selecionadas apenas 14 ações, o que inclui a liberação de recursos para financiamento da medida.

“São Bernardo abriga comunidade considerável de povos indígenas. A implantação de Sistemas Agroflorestais na cidade alia a valorização da cultura alimentar indígena com a promoção de preservação de florestas nativas. É um projeto que avaliamos de grande significado, que possui ainda alta capacidade para melhorar o meio ambiente”, pontuou o chefe do Executivo Orlando Morando.

floresta em São Bernardo

Programa abrange a restauração de 30 mil metros quadrados de área verde.. Foto: Divulgação/PSBC-Ricardo Cassin

Nesta etapa, a Administração municipal realiza edital para contratação de consultoria especializada para implantação e desenvolvimento da medida, inclusive com aquisição de insumos para preparo do solo, aquisição de ferramentas e equipamentos necessários à implantação dos SAFs, aquisição de sementes e mudas, além de capacitação dos indígenas e funcionários públicos envolvidos no projeto.

A secretária de Meio Ambiente e Proteção Ambiental de São Bernardo, Regina Célia Damasceno, destacou que o projeto selecionado entre mais de 60 prefeituras participantes demonstra o valor e qualidade do programa. “Levará o aprendizado da técnica do SAF (Sistema Agroflorestal) às aldeias indígenas do município, garantindo, ao mesmo tempo, fortalecimento local, segurança alimentar e geração de renda para os indígenas e a biodiversidade da nossa Mata Atlântica”.

índios em São Bernardo

Na semana em que se comemorou o Dia dos Povos Indígenas, Prefeitura apresenta projeto para investir na produção de alimentos de forma sustentável nas comunidades, Foto: Divulgação/PSBC-Ricardo Cassin

RESTAURAÇÃO AMBIENTAL

O Programa Refloresta SP, anunciado na Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP26), incentiva o aumento da cobertura de vegetação nativa no Estado com o plantio de florestas em sistemas agroflorestais e silvipastoris, que combinam a conservação e produção agropecuária no mesmo espaço. A expectativa é recuperar 1,5 milhão de hectares de vegetação nativa até 2050, com foco especialmente em áreas que não são de restauração obrigatória e não se encontram ocupadas por atividades econômicas, como é o caso de pastagens de baixa capacidade agrícola.