O governador Rodrigo Garcia determinou, na manhã desta terça-feira (1º/10), às forças de segurança de São Paulo que atuem para o imediato desbloqueio de rodovias em todo estado. As ações vão priorizar o diálogo e as negociações, mas em casos de resistência, poderá haver uso de força. A determinação do governador é para que seja garantido o cumprimento da ordem do Supremo Tribunal Federal para fim dos bloqueios em vias públicas.
“Nós procuramos dialogar e negociar com esses manifestantes, para que as vias públicas fossem desobstruídas desde ontem. Hoje pela manhã, em virtude da decisão do Supremo Tribunal Federal, as negociações se encerram e partir de agora nós vamos aplicar aquilo que determina a decisão judicial”, afirmou o governador.
Rodrigo Garcia fez o anúncio durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. Também estavam presentes o secretário de Segurança Pública do Estado, general João Camilo Pires de Campos, a procuradora geral do Estado, Inês Maria dos Santos Coimbra, e o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo.
A decisão do governador é para atendimento à determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para que as forças de segurança tomem medidas imediatas para impedir as ações de bloqueio nas rodovias de todo o país. A decisão de Moraes foi referendada pelo STF durante sessão virtual extraordinária realizada na madrugada desta terça-feira.
Os manifestantes que descumprirem as determinações do STF e resistirem às ações da Polícia Militar, poderão ser multados e presos. A multa prevista é de R$ 100 mil por hora para cada veículo que realizar a obstrução de vias.
O governador destacou que as negociações já começam a ter êxito, com dispersão de vários pontos de manifestações, entre eles o da Rodovia Hélio Smidt que havia bloqueado o acesso ao aeroporto internacional de Guarulhos. Rodrigo fez um apelo aos manifestantes para que os bloqueios sejam encerrados de forma pacífica.
“São Paulo respeita a democracia, o estado democrático de direito, e não vai ser manifestação ou baderna que vai fazer com que a sociedade não reconheça os resultados da urna. Aos vencedores, o mandato, e aos perdedores, o reconhecimento da derrota. É isso que determina a nossa Constituição e é isso que São Paulo vai preservar”, destacou.
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