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Robinho é condenado a nove anos de prisão por violência sexual

Jogador foi punido pela última instância da Corte italiana nesta quarta-feira  

  • Robinho é condenado a nove anos de prisão por violência sexual.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 19/01/2022
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Jogador foi punido pela última instância da Corte italiana nesta quarta-feira

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Robinho é condenado a nove anos de prisão por violência sexual. Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (19/01), o Robinho foi condenado em última estância pela Justiça italiana. O jogador e seu amigo, Ricardo Falco, receberam uma pena de nove anos de prisão por violência sexual de grupo. Segundo seu advogado, Ricardo Posocco,a Lei de Imigração, n° 13.445 de 24 de maio de 2017, afirma no artigo 100 que há possibilidade de autorização da transferência de pena para que seja cumprida no Brasil.

Viagens internacionais

De acordo com seu advogado, Robinho está impossibilitado de viajar para países que tenham acordo de extradição italiana, caso ele fosse preso em uma dessas viagens , ele pode ser preso e ser deportado para Itália para o cumprimento de sua pena. Para isso , o poder italiano precisa emitir um pedido internacional de prisão que poderia ser cumprido em qualquer país da União Europeia. Além dos membros da UE esses são alguns dos países nos quais o jogador de futebol não pode ir: Estados Unidos, Argentina, Austrália, Bolívia, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, entre outros.

“Se o Robinho viajar para algum país específico que tenha relação de extradição com a Itália, ele vai acabar sendo preso e pode ser deportado à Itália. Enquanto ele permanecer dentro do Brasil, ele não pode ser preso nesse primeiro momento, apenas se a Itália, por meio das vias diplomáticas, fizer esse pedido com base na Lei de Imigração. Aí, tem que ser deferido pela Justiça brasileira, e quem decide é a Justiça Federal”, explicou o advogado para o portal de notícias G1.

Caso

O crime no qual Robinho foi condenado ocorreu na Sio Café, uma boate de Milão , durante a madrugada do dia (22/01/2013 ). Na época, Robinho era um dos jogadores mais importantes do Milan. Além do jogador e de Falco , mais quatro brasileiros, segundo a denúncia feita pelo Procuradoria da cidade, participaram da violência sexual contra a mulher de origem albanesa.

Os amigos do jogador que o acompanhavam no exterior, os outros quatro brasileiros citados na denúncia, deixaram a Itália durante a investigação e não foram acusados.

A vítima, morava na Itália há alguns anos, naquela noite havia ido com uma amiga à boate, a violência aconteceu dentro de um camarim no local; a jovem tinha ido ao local para comemorar seu aniversário de 23 anos. A mulher, neste fim desta semana, completará 32 anos de idade. Desde quando a jovem fez a denúncia, há 9 anos atrás, o país viu inúmeros episódios semelhantes que ganharam destaque, muitos deles envolvendo filhos de políticos italianos.

As gravações foram transcritas para sentença inicial e confirmam, segundo a juíza do caso que participou da primeira instância do julgamento, a versão da vítima do abuso sexual ocorrido contra uma mulher alcoolizada e inconsciente. “A mulher estava completamente bêbada”, disse Robinho em uma das gravações.

A primeira condenação de Robinho ocorreu em novembro de 2017. Na ocasião, Robinho jogava pelo Atlético-MG. O jogador deixou a Itália em 2014, quando já havia sido convocado para depor no inquérito que investigavam o crime. O jogador negou todas as acusações, mas disse ter mantido relações sexuais com a mulher, ressaltando o fato de que a relação sexual foi consensual e sem mais nenhum envolvido. No caso de Falco, uma perícia encontrou a presença do seu sêmen nas roupas da jovem.