Relator confirma cassação de vereador do PSB de SP, mas julgamento é adiado no TRE

Cristófaro recebeu dinheiro de Ana Maria Comparini Silva, a mesma pessoa física que aparece como doadora da campanha de Auricchio e Beto Vidoski

 

TRE vai julgar cassação do vereador de São Paulo por recebimento de doação ilegal. Foto: Divulgação

Em sessão de julgamento iniciada nesta quinta-feira (28/11) no plenário do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), o juiz Marcus Elidius, relator do processo, confirmou em seu voto a cassação do mandato de Camilo Cristófaro, vereador do município de São Paulo. Na sequência, o julgamento foi adiado a pedido do juiz Manuel Pacheco Dias Marcelino para vista dos autos, devendo ser retomado nos próximos dias.

O parlamentar foi cassado pela 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, em representação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral, por captação ilícita de recursos financeiros durante as eleições 2016. De acordo com a sentença, Cristófaro recebeu dinheiro de Ana Maria Comparini Silva, a mesma pessoa física que aparece como doadora da campanha do prefeito e vice-prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior e Beto Vidoski, ambos do PSDB.

De acordo com o Ministério Público Federal, Ana Maria Comparini Silva é pessoa humilde e pensionista do INSS, e foi acusada pela Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, em junho deste ano, junto com o prefeito e seu vice, pela prática dos crimes de formação de organização criminosa e caixa 2. “As investigações concluíram que, além de realizar doações milionárias sem capacidade econômica, ela foi identificada como sendo titular da principal conta bancária utilizada para transitar recursos que abasteceram direta ou indiretamente a campanha de Auricchio e o PSDB de São Caetano, que somam mais de R$ 1,4 milhão”, informou o MP.

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A denúncia apresentada pela PRE-SP foi encaminhada para a primeira instância em razão da competência, e tramita atualmente perante a 269ª Zona Eleitoral – São Caetano do Sul.

Auricchio e Beto vão depor no Fórum de São Caetano em 13 de dezembro, conforme informou o Ministério Público Eleitoral. Defesa do prefeito tem argumentado que todas suas contas de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

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Redação

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