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Quase sofri extorsão de R$ 100 mil, diz Geovane ao se livrar de denúncia de abuso de menor

Durante entrevista coletiva à imprensa, Geovane não descartou disputar a reeleição e ainda falou de sua relação com o PT e o prefeito Marcelo Oliveira e a angústia vivida pela família diante da acusação contra ele que envolvia suposta menina de 14 anos

  • MP arquiva denúncia contra presidente da Câmara de Mauá e ele não descarta reeleição.
    Foto: Gislayne Jacinto
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 18/04/2024
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Durante entrevista coletiva à imprensa, Geovane não descartou disputar a reeleição e ainda falou de sua relação com o PT e o prefeito Marcelo Oliveira e a angústia vivida pela família diante da acusação contra ele que envolvia suposta menina de 14 anos

O MP (Ministério Público) de Mauá solicitou o arquivamento” da denúncia de ped0filia contra o presidente licenciado da Câmara, vereador Geovane Corrêa (PT). A promotoria entendeu que não há provas de autoria de relação desse com uma suposta menor de 14 anos. O boato sobre a  existência de um vídeo e fotos circula desde 2021, mas só veio à tona agora após representação protocolada pelo vereador Sargento Simões (PL), pré-candidato a prefeito.

O arquivamento da denúncia foi solicitado pelo promotor de Justiça André Aguiar de Carvalho, da Vara Judicial de Mauá. “Não restaram minimamente para a descoberta e elementos que comprovassem o conteúdo denunciado. Sendo assim não há elementos suficientes e comprobatórios para instauração de persecução penal”, despachou o promotor.

Geovane afirmou que quase caiu em um golpe, uma tentativa de extorsão no valor de R$ 100 mil após ter celular hackeado. Ele admitiu que no seu celular haviam fotos “íntimas” e de trabalho. “Em 2021, tive o celular hackeado e recebi mensagens de pessoas não identificadas. Depois, vieram mais conversas que não dei papo e, em seguida, uma ligação dizendo que era o pai de uma criança que sofreu abuso e pedindo dinheiro para ficar quieto. Quem tem uma criança nessa situação tem de ir à polícia e não pedir dinheiro. Fiz um boletim de ocorrência, bloqueei o número e a pessoa sumiu sem comprovação nenhuma”, disse Corrêa. “Quase caiu em um golpe de internet”, completou.

 

Geovane afirmou ter ficado aliviado com a medida e disse que sua esposa e suas duas filhas viveram intensa angústia durante o período. Ele admitiu que foi aconselhado a se afastar da Câmara para se dedicar à defesa junto à Polícia Civil e ao Poder Judiciário. A licença que começou em 29 de fevereiro termina em 30 de abril. “Volto no dia 1º de maio e vou cumprir meu mandato até o fim”.

Apesar de dizer que seu sobrinho Rangel Souza da Silva, ex-superintendente da Sama, concorrerá a uma cadeira na Câmara ele não descartou totalmente ficar fora da disputa pela reeleição e salientou em conversa com jornalistas que o “futuro a Deus pertence”.

Para ele, a denúncia foi caluniosa. “Houve politicagem”, afirmou o presidente da Câmara.

Geovane disse ter recebido apoio do prefeito Marcelo Oliveira e que sua relação com o Partido dos Trabalhadores é tranquila,  apesar de ter interesse de “um ou outro”. Admitiu que  foi aconselhado o afastamento. Ele admitiu ainda ter ficado abalado psicologicamente diante da acusação.

 

Entenda o caso

O MP (Ministério Público) de Mauá recebeu em fevereiro uma denúncia relatando abuso de menor que teria sido supostamente cometido pelo presidente da Câmara, Geovane Correa. O autor do ofício encaminhado à Promotoria, vereador Sargento Simões (PL), afirma ter anexado o que chamou de “pré-provas” ao documento e o parlamentar acusado rebate com o registro de um boletim de ocorrência por difamação.

Geovane

MP arquiva denúncia contra presidente da Câmara de Mauá e ele não descarta reeleição. Foto: Gislayne Jacinto

 Denunciante 

O vereador disse que Sargento Simões disse que nunca viu uma investigação tão rápida como essa. “HOuve um tempo recorde da Polícia Civil em investigar esse caso. Foram só 30 dias, um celeridade exemplar”, ironizou o parlamentar ao afirmou que trata-se de uma denúncia que envolve complexidade. “Se o presidente da Câmara não tivesse culpa, ele viria candidato a reeleição”, concluiu.