O PT de Mauá entrou com um mandado de segurança na Justiça no qual pede a vacância do cargo de prefeito já que Atila Jacomussi (PSB) está afastado do comando do Paço desde 9 de maio, quando a PF (Polícia Federal) flagrou R$ 87 mil em sua residência. Ele foi solto em 15 de junho, mas uma liminar o impediu de retornar ao comando do Paço. Atualmente exerce interinamente a função a vice-prefeita, Alaíde Damo (MDB).
De acordo com a executiva petista, a LOM (Lei Orgânica do Município) define que um chefe do Executivo pode se ausentar por até 30 dias e não 45 como é o entendimento da Câmara que aprovou em maio uma ausência de 15 dias e depois outra de mais um mês. “Inexiste reserva legal para que o prefeito fique 45 dias ausente do município ou fora do cargo”, a diz o mandato de segurança ao citar os artigos 56 e 57 da LOM.
Na ação, o PT ainda afirma que o presidente da Câmara, Admir Jacomussi (PRP), pai de Atila, “por interesse próprio, político e familiar não declarou a vacância do cargo de prefeito”. A solicitação é para que o chefe do Legislativo seja obrigado a cumprir a medida.
O presidente do PT, Júnior Getúlio, entende que mesmo houvesse a contagem dos 45 dias esse prazo também venceu na última sexta-feira (22/06).
Paulo Eugênio, vice-presidente, disse que “por laços familiares” a LOM não esta sendo repeitada pelo presidente da Câmara. “Queremos que a Justiça obrigue o presidente da Câmara a declarar a vacância e que também o Ministério Público seja oficiado sobre o que está acontecendo”, afirmou.
O vereador Marcelo Oliveira (PT), lembrou que a prisão do prefeito e as denúncias que envolvem lavagem de dinheiro já motivaram dois pedidos de impeachment do prefeito, mas ambos fora rejeitados. Um foi do PT e outro da Rede Sustentabilidade. Para o vereador, a vice Alaíde Damo tem de assumir o cargo. “Mauá está o caos em todas as áreas”, afirmou o petista ao se referir principalmente ao setor da Saúde.
Críticas
Daniel Bialski, advogado do prefeito Atila, criticou a iniciativa do PT. “A defesa do prefeito estranha essa alegação porque inocorreu essa vacância. Os fatos e documentos provam o contrário”.
O presidente da Câmara também tem o mesmo entendimento. Em entrevista coletiva na última semana, ao ser questionado sobre o assunto, Jacomussi afirmou que existe uma liminar do TRF3 (Tribunal Regional Federal da Região 3) que afastou Atila do cargo., e portanto, está acima da lei municipal
Afastamento
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes soltou o prefeito da prisão, mas determinou que o TRF-3 adotasse medidas cautelares para a liberdade do prefeito de Mauá. Além de afastá-lo do cargo por liminar, ainda fez outras cinco restrições, entre elas de entrar nas dependências da Prefeitura, sob pena de ser responsabilizado pelo descumprimento.
O desembargador do TRF-3 José Lunardelli ainda exigiu a entrega do passaporte e o pagamento de fiança de R$ 85 mil, valor semelhante ao encontrado na casa do prefeito – R$ 87 mil -, em 9 de maio, quando Polícia Federal) fez o flagrante durante Operação Prato Feito, que investiga desvio de dinheiro público dos contratos da merenda escolar. Na casa do então secretário de Governo, João Eduardo Gaspar, também encontraram R$ 588,4 mil, além de 2,9 mil euros.
Ao perceberem a aproximação da viatura, os ocupantes tentaram fugir, dando início a uma perseguição
Decisão sobre concurso publicada no Diário Oficial desta sexta-feira estende para mais dois anos o…
Principal objetivo da mudança é garantir a segurança jurídica da corporação, além da valorização dos…
Entre os destaques do 71º aniversário da cidade está entrega da primeira Clínica Terapêutica de…
No momento da abordagem, os suspeitos tentaram fugir, mas foram contidos pelos policiais; com eles,…
Na abordagem, nada de ilícito foi encontrado com o suspeito, mas a consulta veicular revelou…