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Projeto organizará documentação histórica sobre surgimento da região do ABC

Documentos encontram-se atualmente no Museu de Santo André; iniciativa da Amusa foi aprovada em edital do ProAC

  • Documentos encontram-se atualmente no Museu de Santo André; iniciativa da Amusa foi aprovada em edital do ProAC.
    Foto: Divulgação/PSA
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 14/12/2022
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Documentos encontram-se atualmente no Museu de Santo André; iniciativa da Amusa foi aprovada em edital do ProAC

livros

Documentos encontram-se atualmente no Museu de Santo André; iniciativa da Amusa foi aprovada em edital do ProAC. Foto: Divulgação/PSA

A documentação referente a um importante período da história do ABC passará por um trabalho de organização e em breve estará disponível ao público. Trata-se do acervo documental da antiga Câmara de São Bernardo entre os anos de 1890 e 1938, período no qual os atuais sete municípios da região (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) eram um só: São Bernardo. Os documentos encontram-se atualmente sob a guarda do Museu de Santo André Dr. Octaviano Armando Gaiarsa.

A proposta de organização e sistematização das informações é da Amusa (Associação Amigos do Museu de Santo André) e compõe o projeto aprovado pelo ProAC, o Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo através do edital 35/2022, destinado a “Museus e Acervos: implantação, reforma, ampliação, digitalização ou modernização”.

O edital destinou R$ 200 mil para a execução dos trabalhos. Os recursos serão utilizados na contratação de pessoal, compra de equipamentos e materiais, entre outros gastos. O projeto prevê ainda uma contrapartida por parte do Museu de Santo André, que cederá duas salas onde os trabalhos serão realizados, além de disponibilizar a equipe de profissionais. De acordo com a professora Silvia Helena Passarelli, atual presidente da Amusa, além dos recursos obtidos através do ProAC, a entidade pretende arrecadar outros R$ 30 mil através de uma campanha de arrecadação de fundos.

O projeto

O projeto da Amusa prevê a organização e sistematização do acervo, composto por 150 livros, 100 caixas de arquivo e 42 maços de documentos e que abrigam além das atas da Câmara, requerimentos de munícipes, atividades eleitorais e livros de impostos, entre outros.

Segundo o projeto, trata-se de um material de grande relevância para a história da região, pois evidencia como se conformaram as relações administrativas do poder público municipal com a sociedade que representa. Quando estiver totalmente acessível, o material poderá trazer à luz aspectos fundamentais das origens dos primeiros tempos da trajetória de desenvolvimento da região e da formação dos arredores.

O início dos trabalhos está previsto para janeiro de 2023, com previsão de duração de 12 meses. Para tanto, já está em andamento o processo de seleção dos estagiários, que na próxima semana passarão por uma capacitação a ser realizada no próprio museu.

“Este projeto é importante pois dará acesso a uma documentação pouco conhecida do Grande ABC. Ela compreende o período de 1890 a 1938, período da formação dos núcleos urbanos que deram origem à atual região ainda durante a Primeira República”, comenta a presidente da associação, Silvia Helena Passarelli.

Amusa

Criada em 2000, a Amusa tem como objetivo apoiar a conservação e divulgação do Museu de Santo André através de levantamento de recursos a serem geridos pela própria associação. Nestes anos a entidade tem realizado ações como mobilizar a comunidade para o apoio à preservação e proteção do patrimônio do museu, incentivar a participação da comunidade e promover atividades de caráter cultural, educacional e acadêmico.

Entre os projetos já realizados com captação de recursos destacam-se: ‘Bairros: incluindo memórias, incluindo cidadãos’ (edital ProAC; 2015), que resultou em exposição itinerante, e ‘Santo André: a cidade e sua memória’ (Ibram, 2015), que possibilitou a digitalização de parte do acervo fotográfico do acervo, e ‘Paranapiacaba, valorização do patrimônio cultural começa na infância’ (Fundação Vitae, 2000 – 2002), programa de educação patrimonial realizado na Vila de Paranapiacaba com escolas do município.