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Professores de S.Caetano criticam desconto devido à greve de caminhoneiros

Até o momento 18 docentes entraram com pedido para abonar a falta, mas a Prefeitura negou; abono também não foi incluído no pagamento

  • Professores têm feito manifestações para buscar mais direitos.
    Foto: Divulgação/Aspescs
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 01/07/2018
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Até o momento 18 docentes entraram com pedido para abonar a falta, mas a Prefeitura negou; abono também não foi incluído no pagamento

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Professores têm feito manifestações para buscar mais direitos. Foto: Divulgação/Aspescs-José Hilário

Professores de São Caetano reclamam que tiveram descontos nos salários devido falta que tiveram na greve dos caminhoneiros, no último mês. Os docentes ainda criticam o fato de terem perdido em maio o abono que varia de R$ 400 a R$ 800. Existe a perda desse benefício quando a falta é injustificada.

Nós tivemos problemas de locomoção durante a greve, portanto, as faltas são justificáveis por motivo de força maior. Infelizmente, os servidores da educação vem sendo tratados dessa maneira, sem a menor empatia pela administração”, disse um professor que preferiu não se identificar por temer represália.

A Aspescs (Associação dos Profissionais de Educação de São Caetano do Sul) fez nota de repúdio e distribuiu na cidade. “Outras redes de ensino, inclusive particulares, deram direito de reposição ou abonaram suas faltas. Queremos que essa injustiça seja corrigida, pois o nosso objetivo é uma educação pública de qualidade, que respeite os profissionais da educação, aqueles que juntamente com a comunidade escolar fazem a história de educação de São Caetano acontecer”, afirmou a Aspescs.

A associação afirmou ainda que não houve dialogo sobre uma possível compensação das faltas. “De maneira fria, profissionais de educação receberam a informação desse desconto. Vale ressaltar que esses profissionais estão sem reajuste pelo segundo ano consecutivo, sem um plano de carreira decente e ainda sofreram esse tipo de desconto”, disse Célia Regina Tofanello, presidente da Aspescs.

Prefeitura

De acordo com a Prefeitura, até o momento, 18 professores ingressaram com pedido para abonar a falta nos dias da greve dos caminhoneiros. “Ressalto que a grande maioria faltou nos dias que antecederam o feriado do dia 01 de junho, ou seja, faltaram nos dias 28, 29 e 30. No dia 30 de maio, faltaram os 18 professores. Cumpre esclarecer que a Secretaria de Educação conta com aproximadamente 3.740 servidores, dentre eles 1.700 professores, e somente, até a presente data, 18 professores faltaram ao serviço no período da greve”, informou secretária de Educação, Janice Paulino César

Segundo a Prefeitura, o desconto é devido porque o motivo apresentado pelos requerentes não está elencado nos incisos do artigo 473 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que não incluem as situações de greve geral ou força maior.

Entendemos não ser possível reverter essa situação, haja vista que os servidores da Educação, podemos dizer pelo número inexpressível de faltantes, em sua totalidade compareceram ao trabalho neste período de greve dos caminhoneiros. Outrossim, neste período as aulas transcorreram normalmente sem qualquer intercorrência”, informou a secretária de Educação.

De acordo com a Prefeitura, os servidores que chegaram ao trabalho com atraso no período da paralisação dos caminhoneiros, não sofreram descontos das horas e consequentemente do abono. “A greve não cria um regime de exceção, e o transporte público não foi afetado, tendo apenas o sua frota reduzida conforme noticiado nos meios de comunicação, o que não caracteriza  paralisação a fim de se considerar “caso fortuito” e sequer  força maior”, concluiu Janice.