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Professora de escola estadual de São Bernardo sofre ameaças de alunos

Estudantes utilizaram tablete e também a plataforma da escola para colocar conteúdos impróprios e que geram importunação à professora

  • Professora de escola estadual de São Bernardo sofre ameaças de alunos.
    Foto: Arquivo pessoal
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 04/09/2024
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Estudantes utilizaram tablete e também a plataforma da escola para colocar conteúdos impróprios e que geram importunação à professora

Professora Eunice

Professora de escola estadual de São Bernardo sofre ameaças de alunos. Foto: Arquivo pessoal

 

Eunice Cristina Baia, professora de Redação da Escola Estadual João Batista Bernardes, que fica no Jardim Nazareth, em São Bernardo, aponta omissão da direção dessa instituição de ensino por não tomar providências quanto ao abuso cibernético que vem sofrendo de alunos. A educadora sofreu até ameaça de estupro por meio de tablete usado pelos estudantes. A mensagem foi postada na última sexta-feira (30/08).

De acordo com Eunice, no dia 22 de agosto ela já tinha recebido outra mensagem de cunho sexual. O mais grave é que foi na plataforma utilizada pelos alunos para inserir as redações para ela corrigir. Além de palavrões, houve importunação e ofensas à docente.

Nas duas situações, a professora disse ter procurado a direção da escola, mas nenhuma providência foi tomada até o momento. Ela salientou que, por iniciativa própria registrou um Boletim de Ocorrência, mas até o momento não foi amparada. Ela confessou ter ficado com medo, principalmente porque leciona no período noturno. Os alunos têm entre 16 e 18 anos.

Uma outra observação feita pela professora é de que um dos perfis usados para fazer as respectivas afirmações seria de um aluno que tem bom comportamento. Na avaliação da docente, isso pode ser um indício de que o perfil foi usado indevidamente por outra pessoa.

Outra reclamação da professora é que durante as aulas alguns alunos ficam jogando no celular em vez de prestarem atenção no conteúdo da matéria passada em sala. Ela afirmou que há estudantes que só vão para a escola porque o governo paga uma bolsa para quem frequenta as aulas.

tablete com ameaça

Tablete com ameaça. Foto: Reprodução

Outro lado

Procurada para saber que providência a direção da escola deverá tomar diante da denúncia, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que repudia toda e qualquer forma de abuso, violência ou importunação sexual, dentro ou fora do ambiente escolar.

“Assim que tomou conhecimento do caso, a direção da escola acolheu a professora e a orientou a registrar um boletim de ocorrência. A Diretoria de Ensino de São Bernardo do Campo realiza uma apuração interna para identificação do estudante.

A gestão da unidade trabalhará o tema dos crimes cibernéticos com os estudantes por meio dos profissionais do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP). A Diretoria de Ensino e a escola estão à disposição das autoridades para mais esclarecimentos”, informou a Secretaria de Educação do Estado.