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Prefeito Orlando Morando cobra caducidade de contrato da Enel, e ministro admite alternativa

Em audiência, Augusto Nardes, do TCU e relator de processo da Enel, reconheceu possibilidade de solicitar intervenção no vínculo vigente com o governo federal

  • Prefeito Orlando Morando cobra caducidade de contrato da Enel, e ministro admite alternativa.
    Foto: Divulgação
  • Por: Redação
  • Publicado em: 10/12/2024
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Em audiência, Augusto Nardes, do TCU e relator de processo da Enel, reconheceu possibilidade de solicitar intervenção no vínculo vigente com o governo federal

Prefeito Orlando Morando cobra caducidade de contrato da Enel, e ministro admite alternativa

Prefeito Orlando Morando cobra caducidade de contrato da Enel, e ministro admite alternativa. Foto: Divulgação

Em audiência nesta segunda-feira (09/12) no Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM), o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, cobrou, em nova iniciativa, a caducidade ou intervenção do contrato de concessão vigente entre o governo federal e a Enel, em decorrência dos graves problemas causados a partir dos apagões que atingiram a Região Metropolitana de São Paulo. “Não podemos tolerar o descaso da concessionária ou aguardar, de braços cruzados. Passou da hora da saída da Enel em São Paulo”, pontuou o chefe do Executivo municipal.

Na mesa, Morando foi porta-voz dos prefeitos da Grande São Paulo. Presente ao evento, o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU) e relator de processo da concessionária no órgão, admitiu possibilidade de requerer a ação como desfecho do caso. “É possível a caducidade ou intervenção. Constatamos que a concessionária deixou de cumprir com os serviços no período de chuvas. Então, podemos ter recomendações, determinações, e caberá ao Ministério de Minas e Energia essa decisão. Mas vou ouvir, mais uma vez, a Enel e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)”, frisou o ministro, ao avisar que o parecer às autoridades competentes deve sair entre fevereiro e março de 2025.

O cenário ocorreu no painel técnico denominado “Soluções possíveis para prevenir e sanear impactos dos blecautes”, tendo como meta avaliar os prejuízos gerados à população e buscar soluções para evitar novos incidentes. O evento contou com as presenças, além de Morando e Nardes, do chefe do Executivo da Capital, Ricardo Nunes, da secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, Natália Resende, e do presidente do TCM, Eduardo Tuma, bem como de representantes das 24 cidades atendidas pela Enel.

“Já temos inúmeras provas da incapacidade técnica da empresa e sabemos que ela não respeita ninguém, prejudicando os consumidores e a economia do Estado. O painel serviu justamente para discutirmos alternativas e os impactos dos blecautes. Continuamos exigindo medidas concretas e eficientes para mudar esse cenário em favor da população. O governo federal e a Aneel têm sido omissos”, emendou o prefeito Orlando Morando.

A reunião, na Capital, se deu em um momento de preocupação com a proximidade do período de chuvas, que pode agravar a situação dos apagões. A pressão para que o contrato de concessão com o Enel seja encerrado se intensificou após os problemas provocados pelos blecautes de outubro, embora a questão esteja estagnada na Aneel e não avançou no Ministério de Minas e Energia, chefiado por Alexandre Silveira.

DECISÃO

Em outubro, a juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo, deferiu liminar requerida pela Prefeitura de São Bernardo que obriga a concessionária Enel a apresentar um plano de ação para casos de emergência decorrentes de eventos climáticos. A empresa recorreu em segunda instância, mas decisão mantém a permissão de o município realizar o pagamento em juízo dos valores devidos à concessionária pelo serviço de fornecimento de energia.