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Prefeito de São Caetano diz ser lamentável postura de Parra

Vereador da base de sustentação do governo entrou com recurso contra  o vice-prefeito e usou como argumento cassação de diploma da chapa  

  • Auricchio diz que Parra não pensou no grupo.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 15/12/2020
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Vereador da base de sustentação do governo entrou com recurso contra  o vice-prefeito e usou como argumento cassação de diploma da chapa   

 

Auricchio diz que Parra não pensou no grupo ao questionar decisão do TRE. Foto: Divulgação

 

O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), disse ser “lamentável” o fato de o vereador Edison Parra (Podemos) impetrar um recurso especial no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral), para impedir que o vice-prefeito Beto Vidoski (PSDB) assuma a vaga  vereador sob a argumentação de que ele teve o diploma cassado juntamente com Auricchio. Na semana passada, a Corte reconheceu recurso de Vidoski contra o indeferimento de sua candidatura feito em primeira instância. A partir daí, houve a recontagem de votos e Parra perdeu a vaga para o tucano.

“Não conheço o processo, mas é lamentável. Tenho ele como um grande amigo, mas ele não pensou no grupo. A atitude dele é meio desesperadora. Acho que a derrota é dura, mas o que aconteceu com o Beto (vitória no TRE) é irreversível”, disse Auricchio.

No recurso, Parra fala em cassação da chapa Auricchio/Vidoski. “O recorrido é inelegível, pois foi condenado em decisão proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral por captação ilícita de recursos de campanha que implicou a cassação de seu mandato. Ao menos, é este o contexto jurídico tido por incontroverso no qual o recorrido está inserido. Verifica-se, portanto, sua correspondência à literalidade que implica imprescindivelmente sua inelegibilidade”, argumentou Parra em seu recurso no TRE.

Diplomação

Auricchio acredita que vai reverter a decisão contra o indeferimento, mas adiantou que essa sentença deve ocorrer somente no ano que vem, após o recesso do Poder Judiciário.

“Tenho muita confiança em Deus e na Justiça. Temos ainda os embargos que serão votados e, depois disso, ainda podemos recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Mas isso leva um tempo, porque há muitos processos a serem julgados. Existe um atraso de pelo menos 45 dias por conta da pandemia”, afirmou.

O tucano disse que o fato de não ser diplomado em 18 de dezembro, não impede que a Justiça o diplome em outra data e que acredita que o próximo presidente da Câmara terá de ser empossado prefeito interinamente em 1º de janeiro até o julgamento dos seus recursos. Auricchio tem 13 vereadores aliados. A Câmara conta com 19 parlamentares.

“Há o tempo de Deus, há o tempo da Justiça e há tempo dos homens e nem sempre eles caminham juntos. Não posso entrar no TSE tendo recursos em andamento no TRE. E também temos de lembrar que o recesso no Judiciário inicia em 19 de novembro”, concluiu Auricchio que acredita novos julgamentos somente em fevereiro ou março do ano que vem.