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Prefeito Atila Jacomussi terá dias decisivos em março

 Julgamento de processo no TRF-3 e oitivas na Comissão de Impeachment estão entre os problemas a serem enfrentados pelo chefe do Executivo de Mauá

  • Dois desembargadores já votaram por aceitar a denúncia contra Atila, mas houve pedido de vistas do processo aceito por outros três magistrados.
    Foto: Gislayne Jacinto
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 26/02/2019
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 Julgamento de processo no TRF-3 e oitivas na Comissão de Impeachment estão entre os problemas a serem enfrentados pelo chefe do Executivo de Mauá

março

Atila enfrentará batalhas em março sobre Operação Prato feito e Comissão de Impeachment. Foto: Gislayne Jacinto

 

O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), terá dias decisivos no mês de março. O chefe do Executivo enfrentará pelo menos dois problemas. O desembargador federal Maurício Kato, do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), já definiu a data do julgamento da ação movida pelo MPF (Ministério Público Federal) contra ele e o ex-secretário de Governo João Gaspar pelos crimes de lavagem de dinheiro. O dia marcado para o processo entrar em pauta é 21 de março. Atila ainda enfrentará no próximo mês o andamento da Comissão de Impeachment na Câmara. As oitivas foram marcadas para 11 de março.
Atila foi preso pela primeira vez em maio do ano passado em Operação deflagrada pela PF (Polícia Federal) e batizada como Operação Prato Feito. A acusação é de que houve desvios em contratos públicos da merenda escolar e dos uniformes. O prefeito seria o beneficiários, sendo que o ex-secretário de Governo João Gaspar foi apontado como operador do esquema. Todos negam. Atila alegou que o dinheiro tinha origem em pagamentos de aluguel e sobra do salários.

O prefeito de Mauá foi preso porque a Polícia Federal encontrou no armário de sua cozinha R$ 87 mil. O dinheiro estava guardado em panelas. Na residência do secretário, o montante foi muito maior, pois a PF encontrou em dinheiro dentro de mochilas e envelopes, sendo R$ 588.417, 2.985 euros e US$ 1,3 mil.

Na Operação Prato Feito, outros integrantes do primeiro escalão do governo foram acusados, entre eles Fernando Coppola, o Xuxa (MDB), ex-secretário de Educação e Carlos Zeli Carvalho, dono da empresa que fornecia uniformes.

Essa operação Prato Feito teve desdobramento em dezembro, quando Atila foi preso pela segunda vez em outra Operação deflagrada pela PF e batizada de Trato Feito. Neste caso, a acusação é de pagamento de mensalinho a 21 dos 23 vereadores, além de um suplente.

Impeachment

Nesta segunda-feira (25/02), os integrantes da Comissão de impeachment por quebra de decoro instaurada na Câmara decidiu dar um parecer pela continuidade do processo de cassação do prefeito. Também foi definida a convocação para Atila prestar depoimento na Câmara no dia 11, às 9h.

Ainda serão convocados para as oitivas a secretária adjunta de Educação, Scarlett Angelotti; o advogado Felipe Marques Sarinho (de Sumaré); o ex-secretário de Governo João Gaspar (PCdoB, um dos donos da empresa Lara Wagner Damo; Davi Alves de Oliveira; o atual titular da pasta de Administração de Mauá, Marcos Eduardo Maluf; e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB).