Por impeachment do prefeito de São Caetano, MBL marca ato para domingo
Movimento Brasil Livre diz que manifestação é para pressionar vereadores a acatar pedido na terça-feira da próxima semana
Movimento Brasil Livre diz que manifestação é para pressionar vereadores a acatar pedido na terça-feira da próxima semana
O MBL (Movimento Brasil Livre) marcou para domingo (05/08), às 10h30, na avenida Presidente Kennedy, um ato para defender o impeachment do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB). Em 4 de julho, o MBL protocolou na Câmara pedido para cassar o prefeito por conta da denúncia apresentada pela Procuradoria Regional Eleitoral, na qual foram apontados caixa dois e organização criminosa contra o tucano e seu vice, Beto Vidoski (PSDB), por conta de doações recebidas na campanha de 2016.
“Esse ato é uma forma de pressão popular para que os vereadores acatem nosso pedido. Esperamos que as pessoas compareçam nesta manifestação para mostrar o descontentamento diante dos crimes eleitorais apontados pelo Ministério Público Federal”, afirmou Pedro Marques Umbelino Rosa, um dos coordenadores do MBL em São Caetano. Estamos fazendo uma ampla divulgação nas redes sociais e também pela imprensa”, completou.
Pelo Regimento Interno, a Câmara tem de votar se acata ou rejeita o pedido de impeachment na primeira sessão depois do protocolo, que, neste caso, é na terça-feira que vem (07/08), quando termina o recesso parlamentar.. Esse é o segundo pedido de cassação feito ao Legislativo. O primeiro, de autoria do PSOL, foi rejeitado em junho. Apenas quatro vereadores votaram a favor.
Quando foi protocolado o pedido na Câmara, o coordenador nacional do MBL, Kin Patroca Kataguiri, disse que o movimento avalia que o fato de o prefeito ter recebido R$ 293 mil de uma beneficiária do INSS, sem condições financeiras para doar um volume alto de dinheiro, é algo grave.
No dia do protocolo do pedido de impeachment, o presidente da Câmara, Pio Mielo (MDB), adiantou que o documento passará por análise jurídica e pode até não enviar ao plenário. “Se forem os mesmos argumentos, não posso colocar em votação, se não tiver novos fatos, argumentos e contrapontos diferentes do primeiro pedido, um recorte e cola, meu entendimento é que nem deve ir para o plenário . Não houve falha administrativa que justifique esse pedido. As prestações de contas do prefeito foram aprovadas. O prefeito não cometeu nenhum ato de improbidade no exercício do mandato. O que existe é uma apuração do Ministério Público do que teria havido algum problema na campanha”, finalizou Pio na ocasião.