O vereador Ricardo Alvarez (PSOL-SA) e o deputado federal Ivan Valente (PSOL) entraram com uma representação no Ministério Público para apurar as denúncias de LGBTfobia e preconceito supostamente praticados pelo diretor/proprietário do colégio Liceu Jardim de Santo André, Daniel Contro.
Em reunião com pais e mães na sede da escola no dia 3 de novembro, o empresário discursou e emitiu opiniões, que segundo os parlamentares, ferem regras básicas de convivência humana e as diretrizes da educação municipal, estadual e nacional. Na representação, citam que foi estimulado o preconceito, o que é crime.
“Os áudios que vazaram da reunião deixam claro o discurso preconceituoso contra a população LGBTQIA+, o que é extremamente grave. Não queremos crucificar ninguém, mas não podemos deixar que alunos e alunas sejam discriminados daquela forma”, afirmou Alvarez.
No áudio, gravado por responsáveis que acompanhavam a reunião e que caíram em grupos de Whatsapp, há frases atribuídas ao proprietário da escola como: “identidade de gênero sem meias palavras e nesta escola há um conjunto de valores que não abriremos mão. Isso não será tido como normal nesta escola.”
Segundo a representação do Psol, em outro trecho, Contro trataria “homossexuais” e “criminosos” como iguais: “União destas pessoas: ciganos, homossexuais, criminosos (PCC, crime organizado) se organizaram para atacar os valores da sociedade tradicional judaico cristã”.
Em junho de 2019, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito em razão da orientação sexual ou da identidade de gênero é considerado crime.
“É papel dos gestores escolares acolher e estimular a convivência com a diversidade entre alunos, alunas, pais, mães, professores, professoras e profissionais da educação para uma sociedade inclusiva e pacífica dentro da comunidade escolar também”, disse o vereador.
Alvarez protocolou ainda documento para dar ciência sobre a ação à Câmara Municipal, ao colégio, ao Conselho Tutelar, ao Conselho da Criança e do Adolescente, à Secretaria da Educação, à Diretoria Regional de Ensino e à da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Santo André.
A reportagem do ABCD Jornal entrou em contato com o colégio e o diretor negou que tenha sido preconceituoso e que ainda não foi notificado da representação do políticos do Psol. Daniel Contro admitiu que a escola é “conservadora”, mas afirmou que independente das opções diferentes dos alunos qualquer um pode ser matriculado na instituição.
O diretor disse ainda que com a volta das aulas presenciais todas as escolas têm percebido em alguns alunos crises de identidade e , por isso, convocou 300 pais para a reunião.
Em nota divulgada às famílias, o Colégio nega que as acusações que circulam nas redes sociais.
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