
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu a anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro e para os manifestantes envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A declaração foi dada nesta terça-feira (16/09), em Santo André, durante um almoço com empresários do grupo Lide.
Questionado sobre sua posição, Zema justificou sua defesa da anistia, argumentando que o Brasil já anistiou “sequestradores, assassinos e assaltantes de bancos” no passado. Ele comparou o que chamou de “excessos” do 8 de janeiro a esses crimes, afirmando que os atos foram “muito menos” graves.
“A anistia vem para pacificar o país e nós precisamos ter um país que olhe para frente, e não que fique eternamente com o dedo na ferida,” disse o governador. Zema usou a analogia de pais que brigam e esquecem de cuidar dos filhos para ilustrar a sua visão de que o Brasil precisa resolver o assunto para focar em questões mais importantes.
O governador classificou o julgamento de Bolsonaro como uma “perseguição política” e considerou a pena aplicada ao ex-presidente, que o tornou inelegível, como “desmedida”. “Sou contrário a vandalismo, a depredação de patrimônio público, mas a pena aplicada não foi essa”, afirmou, sugerindo que a punição extrapolou a gravidade dos atos.
