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Policial de 48 anos é o mais novo caso de coronavírus em Ribeirão Pires

 Mais de 500 policiais já foram afastados de suas atividades no Estado de São Paulo por conta da Covid-19

  • Mais de 500 policiais já foram afastados de suas atividades no Estado de São Paulo por conta da Covid-19 e recebem máscaras.
    Foto: Divulgação Polícia Militar do Estado de SP
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 04/04/2020
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 Mais de 500 policiais já foram afastados de suas atividades no Estado de São Paulo por conta da Covid-19

 

Mais de 500 policiais já foram afastados de suas atividades no Estado de São Paulo por conta da Covid-19 e recebem máscaras. Foto: Divulgação Polícia Militar do Estado de SP

 

A Prefeitura de Ribeirão Pires divulgou nesse sábado (4/04) mais um caso positivo de coronavírus entre moradores. Trata-se de um homem de 48 anos, policial, que está cumprindo quarentena domiciliar.

A área de segurança é considerada essencial e os policiais não pararam suas atividades. A Secretaria estadual de Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (02/04) que 0,5% do efetivo total de policiais que atuam no estado de São Paulo está afastado de suas atividades por suspeita de infecção por coronavírus. Como o total do efetivo é de mais de 112 mil policiais no estado, entre civis e militares, então aproximadamente 560 policiais estariam afastados.

“A SSP informa que todo policial com suspeita ou diagnóstico de covid-19 está devidamente afastado, conforme orientações do Comitê de Contingência do coronavírus”, informou a secretaria, em nota. “A pasta também tem adotado todas as medidas necessárias para garantir a proteção acerca de covid-19, como aquisição e distribuição de novos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), máscaras e luvas, para os servidores e agentes de segurança.”

O governador de São Paulo, João Doria, nesta semana, falou que de afastamento de 438 policiais no estado, mas disse que nem todos os afastamentos foram motivados por infecção por coronavírus. “Nem todos os 438 policiais são suspeitos ou foram diagnosticados [com coronavírus]. Há afastamentos por outras razões de saúde. Isso é normal em uma corporação com 88 mil policiais militares”, disse o governador. Esse balanço feito pelo governador não englobou os policiais civis que também estão afastados.

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo informou que há cerca de 150 policiais civis afastados por suspeita de estarem infectados por coronavírus. De acordo com o sindicato, há falta de máscaras e de álcool gel nas delegacias. Eles reclamam também que o governo não está dando quarentena para os policiais que fazem parte do grupo de risco.

Segundo o governador, esses afastamentos dos policiais neste momento não vão gerar problemas na segurança do estado. “Não há nenhum risco nos programas de segurança. Posso reafirmar que as pessoas podem se sentir seguras. A Polícia Militar assim como a Polícia Civil, a Científica, o Instituto Médico Legal e o Corpo de Bombeiros estão em funcionamento regular. Há percentual de reposição normal em qualquer período e no período de contingência também. Temos também número considerável de policiais militares em treinamento que poderão ser convocados para atuação. Mas ainda não é o caso, estamos dentro do nível perfeitamente suportável e de regularidade”, disse.

Há ainda, segundo o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, 130 guardas civis metropolitanos da capital afastados. Para suprir esse déficit, disse o prefeito, o efetivo está sendo reorganizado, fazendo com que as pessoas de grupos de risco sejam colocadas para trabalhar na área administrativa. “Todas as restrições impostas para servidores com mais de 60 anos ou com imunodeficiência não valem para os servidores das áreas de saúde e de segurança pública. Mas muitos acabam pedindo afastamento neste momento. Por isso os secretários estão tentando reorganizar o efetivo liberando o pessoal do administrativo para ir para a linha de frente e botando esse pessoal [do grupo de risco] no administrativo”, disse o prefeito.

Morte

Na segunda-feira (30/03), a Polícia Militar de São Paulo confirmou a morte de uma policial por coronavírus. Segundo a corporação, a sargento Magali Garcia, que tinha 46 anos, trabalhava no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Magali teve diagnóstico confirmado para coronavírus e não tinha comorbidade, mas era ex-fumante.

Casos gerais em Ribeirão Pires

Na cidade, até o presente momento, há 7 casos positivos de coronavírus, 22 casos negativos da doença e 59 casos suspeitos sob análise. O município permanece, até o momento, sem nenhum óbito confirmado de coronarívus.

Dois óbitos registrados na quinta-feira (2/04) estão contabilizados entre os 59 casos suspeitos de coronavírus na cidade – aguardando resultado de exame do Instituto Adolfo Lutz.

“A Prefeitura de Ribeirão Pires está seguindo todas as medidas de segurança para o combate ao coronavírus no município. Novas ações estão sendo tomadas de acordo com as diretrizes dos órgãos de saúde – Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e Ministério da Saúde”, concluiu nota da administração municipal.