Polícia prende suspeito de ter jogado garrafa que atingiu torcedora palmeirense
Homem foi identificado após reconstituição virtual que contou com drones e escaneamento de todo o cenário onde ocorreu a confusão
Homem foi identificado após reconstituição virtual que contou com drones e escaneamento de todo o cenário onde ocorreu a confusão
Agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de São Paulo prenderam na manhã desta terça-feira (25), no Rio de Janeiro, Jonathan Messias Santos da Silva, suspeito de ser o torcedor que jogou uma garrafa de cerveja contra a jovem Gabriela Anelli, no último dia 8.
O caso aconteceu durante uma confusão registrada antes da partida entre Palmeiras e Flamengo e que envolveu torcedores dos dois times.
A jovem, atingida no pescoço por estilhaços da garrafa, foi socorrida em estado grave, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.
Investigadores da 2ª Delegacia de Homicídios, com apoio de outras unidades, ouviram várias testemunhas e colheram outras imagens.
No dia 15 de julho os policiais fizeram a reconstituição virtual dos fatos, com utilização de drones e o escaneamento de todo o ambiente onde a confusão aconteceu.
Peritos do DHPP conseguiram isolar o arremesso da garrafa e individualizar a conduta de cada torcedor. Em seguida foi possível identificar o homem entre os torcedores do Flamengo que estiveram no local.
Com o resultado das investigações, a Justiça expediu um mandado de prisão contra o homem, que foi cumprido na manhã desta terça. Ele foi preso em Campo Grande, zona oeste do RJ, e será conduzido para a sede do DHPP.
Audiência de Custódia
Na audiência de custódia, o juiz Rafael de Almeida Resende manteve a prisão temporária do professor. “Atentaria contra lógica do razoável o fato de o juiz natural, reconhecendo o perigo da liberdade do sujeito da medida, decretar sua prisão temporária ou preventiva, e o juiz da Central de Audiência de Custódia revogar a decisão. Não se afigura razoável que uma autoridade judiciária que desconhece por completo o procedimento venha a modificar a decisão do juiz que o conhece”, diz o juiz na decisão.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação do Rio diz que “repudia o crime e informa que o acusado está preso e afastado de suas funções”.
O professor Jonathan Messias deverá seguir nas próximas horas para a capital paulista, onde ficará à disposição da Justiça, aguardando julgamento.