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Polícia acha sangue na roupa da filha suspeita de matar pais em S.Bernardo

Ana Flávia Gonçalves, com a ajuda da companheira, é apontada como a principal suspeita de assassinar carbonizados pai, mãe e irmão

  • O casal Ana Fávia e Carina são suspeitas de envolvimento na morte da família Gonçalves.
    Foto: Reprodução
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 30/01/2020
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 Ana Flávia Gonçalves, com a ajuda da companheira, é apontada como a principal suspeita de assassinar carbonizados pai, mãe e irmão

 

O casal Ana Fávia e Carina são suspeitas de envolvimento na morte da família Gonçalves. Foto: Reprodução

 

  A Polícia Civil declarou durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (30/01) que encontrou sangue em roupas que teriam sido usadas por Ana Flávia Gonçalves, de 24 anos, filha do casal morto carbonizado dentro do porta-malas de um veículo da família, na Estrada do Montanhão, em São Berrando. Além do pai, Romuyuki Gonçalves; da mãe, Flaviana Gonçalves, de 40 anos, também morreu o irmão, Juan Gonçalves, de 15 anos.

Ana Flávia e a companheira, Carina Ramos, são as principais suspeitas de ter matado a família na madrugada desta terça-feira (28/01). Ambas são casadas e moravam há dois anos juntas. O pai não aceitava o relacionamento homoafetivo.

De acordo com a Polícia, tinham manchas nas roupas localizadas na residência da família morta, em um condomínio de Santo André. As vestimentas foram lavadas, mas as manchas foram identificadas, na altura do joelho e da genitália, por meio de produtos químicos reagentes.

“O que nos surpreendeu foi essa mancha na região do joelho. Quando confrontada, Ana Flávia disse que toda mulher tem esse problema, que não significava nada. Estávamos suspeitando dela, e esse foi mais um elemento para pedirmos a prisão”, disse o delegado Paul Henry Bozon, do Deic de São Bernardo ao acrescentar que Ana Flávia passou mal durante o interrogatório.

“A filha do casal foi ouvida exaustivamente no primeiro dia, juntamente com a sua companheira, e a questão que levantaram é que era um problema de pagamento de agiota, porém os investigadores percebiam algumas contradições nas versões apresentadas pelas duas”, completou.

 

Delegados concedem entrevista coletiva sobre caso da família que morreu carbonizada em São Bernardo. Foto: Gislayne JacintoRoubo

O delegado revelou ainda que além de joias e vários objetos e eletrodomésticos da casa, os criminosos roubaram R$ 8 mil em espécie, além de dólares e ainda deixaram a casa revirada.

Outra informação é de que as duas suspeitas estavam com um homem de 1m90. Essa informação foi passada à Polícia por uma testemunha que está sob proteção. O que chamou a atenção também é que um dos vídeos conseguidos pela Polícia mostra a mulher de Ana Fávia encapuzada, entrando na casa da família. “Estava muito calor para estar com capuz”, disse.

“Houve  uma morte de três pessoas com extrema crueldade, um crime premeditado, sem dúvida”, disse Bozon ao completar que os laudos apontaram que os três foram mortos com perfurações do lado direito da cabeça. “Isso significa que a pessoa era canhota”, explicou.

Outra informação passada pela Polícia é de que o carro de Ana Flávia entrou várias vezes no condomínio no dia do crime, sendo que saiu pela última vez por volta das 0h50.

 

Ana Flávia e Carina foram presas nesta quarta-feira. Foto: Reprodução

 

Enterro

Romuyuki Gonçalves, Flaviana Guimarães e Juan Victor foram enterrados na tarde desta quinta-feira, no Cemitério Carminha, no bairro dos Casa, em São Bernardo. A tristeza e a indignação tomaram conta de amigos e  familiares.

Flávio Menezes, irmão de Flaviana, após o sepultamento, deu coletiva à imprensa e informou ser o porta-voz da família. Ele evitou comentários sobre a prisão da sobrinha Ana Flávia, principal suspeita do crime. “É complicado, eu não parei para pensar em relação a quem fez e do porquê fez. Eu pensei em liberar os corpos dos meus familiares queridos, apagar um pouco da angústia”, concluiu.