PF acha agendas na casa de Gaspar com anotações de supostas doações
Documentos do ex-secretário de Governo de Mauá apontariam eventual distribuição de valores, bem como percentuais de contratos da Prefeitura
Documentos apontariam eventuais distribuição de valores , bem como percentuais de contratos da Prefeitura
Durante a Operação Prato Feito, deflagrada em 9 de maio, a Polícia Federal, além de dinheiro, encontrou duas agendas na casa do então secretário de Governo de Mauá, João Eduardo Gaspar, braço direito do prefeito Atila Jacomussi (PSB). Ambos estão presos na Penitenciária do Tremembé, em São Paulo.
No processo, consta que foram encontradas anotações que aparentavam ser distribuição de valores entre pessoas, bem como percentuais de contratos realizados pela Prefeitura de Mauá.
Na casa de João Gaspar, a Polícia também flagrou R$ 588,4 mil, além de 2,9 mil euros, enquanto na casa de Atila R$ 87 mil. No caso de Gaspar, consta no processo que foram encontrados comprovantes de rendimentos, com um total auferido em 2017 no valor de R$ 122 mil, o que não justificaria o montante encontrado em envelopes e sacolas.
Ao ser questionado sobre a origem do dinheiro, Gaspar, na ocasião, disse à Polícia Federal que teria de falar primeiramente com um advogado.
A Polícia Federal suspeita de lavagem de dinheiro e um suposto desvio de verba de contrato da merenda escolar, como ocorreu em vários municípios do País, motivo da investigação da Operação Prato Feito. No ABCD, além de Mauá, São Bernardo também está na mira da PF.
O advogado de Gaspar, Roberto Guimarães, confirmou que foram encontradas agendas na casa de seu cliente, mas ao ser questionado sobre o fato disse que estava dirigindo e que retornaria a ligação telefônica, o que não ocorreu até o fechamento da reportagem.