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Pet terapia ajuda a amenizar efeitos do isolamento em idosos

Estudos apontam os benefícios que a Terapia Assistida por Animais pode produzir à qualidade de vida das pessoas nesta pandemia

  • Paulo Henrique Pereira, de 81 anos, é um dos que tem tido um cão um meio de compensar o afastamento físico exigido pelo atual momento de pandemia.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 21/04/2021
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Estudos apontam os benefícios que a Terapia Assistida por Animais pode produzir à qualidade de vida das pessoas nesta pandemia

Paulo Henrique Pereira, de 81 anos, é um dos que tem tido um cão um meio de compensar o afastamento físico exigido pelo atual momento de pandemia. Foto: Divulgação

Num momento de pandemia, quando o distanciamento social é a principal arma para lutar contra um vírus fatal, a busca por afeto não se resume apenas aos encontros virtuais permitidos pela tecnologia. O Residencial Club Legar, uma das mais respeitadas instituições de acolhimentos de idosos do país, integrou aos seus quadros fixos um cachorro da raça golden retrivier como forma de permitir que seus residentes possam ter instantes de afeto físico, próximo e aconchegante. O Lord passou a ter uma importância essencial nestes dias de Covid-19

A psicóloga do Residencial Club Leger, Daniela Bernardes, afirma que estudos apontam os benefícios que a Terapia Assistida por Animais, ou Pet Terapia, pode produzir à qualidade de vida dos idosos. Segundo ela, esse tipo de atividade permite exercitar aspectos como habilidades sociais, humor e cognição.

– Muito se fala sobre os benefícios que os animais representam na vida de cada um dos que se dispõem a ter um animal de estimação para partilhar bons momentos. Sabemos também que a disponibilidade de tempo, dedicação, cuidados e carinho são essenciais para que os animais escolhidos por nós possam desfrutar de uma boa vida conosco – revela Daniela.

A psicóloga acrescenta que a equipe assistencial e a direção do Residencial Club Leger, identificaram a necessidade de agregar o Lord ao “time de cuidados” visando o bem estar de cada um dos residentes e a manutenção de algo extremamente relevante para muitos deles: memórias afetivas.

O desembargador aposentado Paulo Henrique Pereira, de 81 anos, é um dos residentes que tem tido um Lord um meio de compensar o afastamento físico exigido pelo atual momento. Pereira buscou a instituição logo no início da pandemia no Brasil, justamente para se sentir mais seguro e melhor atendido. O Lord tem sido uma companhia que tem ajudado a diminuir a sensação de carência.

– Para aqueles que optam por residir e serem cuidados em um residencial de idosos, o Lord passou a ser um dos membros “residentes”, pensando nos enormes benefícios que ele pode fazer na vida de cada um dos moradores – ressalta a psicóloga

A própria história do Lord é significativa. Vítima de maus tratos, o cachorro chegou ao Residencial muito machucado. Ele passou por um período de recuperação, até recuperar sua forma. Atualmente, Lord retribui a ajuda que teve distribuindo afeto e alegria a quem hoje não pode ter contato direto com amigos e familiares.