Noiva que perdeu a vida durante assalto em posto de gasolina é velada em S.Caetano
Francisca Marcela da Silva Ribeiro se casaria no fim deste mês e tinha feito a última prova do vestido de noiva
Francisca Marcela da Silva Ribeiro se casaria no fim deste mês e tinha feito a última prova do vestido de noiva
Francisca Marcela da Silva Ribeiro, de 33 anos, perdeu a vida poucos dias antes do casamento, marcado para 26 de outubro. O sonho foi interrompido na manhã deste domingo (06/10) quando ela e o noivo pararam em um posto de posto de gasolina no bairro Ipiranga. Seis criminosos em três motocicletas os abordaram e anunciaram o assalto. Um policial militar de folga flagrou a ação e reagiu. Dois assaltantes foram feridos, mas um dos disparos atingiu a vítima que estava ajoelhada no chão com as mãos para cima.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, os ladrões anunciaram o assalto enquanto o casal calibrava os pneus porque viajariam para Nova Odessa, no interior do Estado. Marcela olhou para o noivo Wilker Michel Da Silva e disse: “Amor, é assalto, deixa levar”, afirmou.
O casal se preparava para entregar o veículo e os pertences quando o PM interveio e anunciou: “Polícia”. Na ação, a mulher ficou ferida, foi socorrida e levada ao Hospital Heliópolis, mas não resistiu aos ferimentos.
Dois bandidos feridos foram detidos quando deram entrada em um hospital na mesma região. Eles foram identificados como Pedro Henrique de Oliveira da Silva, de 20 anos, e Gustavo Pereira Bortolotti, de 22, foram presos. O PM e o noivo da vítima reconheceram os criminosos.
A autoridade policial do 26º DP (Sacomã) requisitou exames periciais e registrou o caso como roubo de veículo, apreensão e entrega de objeto, e legítima defesa. A Polícia Militar acompanha as investigações.
A noiva foi velada no Memorial de São Caetano na noite desta segunda-feira (07/10). A placa da moto do casal era de Santo André.
O que diz a Polícia
Segundo Boletim de ocorrência, imagens do sistema de videomonitoramento apontam que o disparo que determinou o óbito da vítima teve origem da arma de fogo do policial militar.
“É inegável e indiscutível que o ocorrido ecoará por toda a vida dos familiares da vítima, e com todo respeito e pesar esta autoridade policial descreve os presentes fatos. Entretanto, há de se considerar que o policial militar agiu em defesa própria e, também, para salvaguardar a vida e a integridade física de outras pessoas, mesmo não atuando, naquele momento, a serviço da instituição. Puni-lo por sua conduta seria ir de encontro com o próprio ordenamento jurídico brasileiro que, de antemão, prevê e respalda a possibilidade de ocorrerem fatalidades como a do presente caso”, diz o BO.
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