No mesmo dia em que bebê é enterrado, Justiça determina prisão da mãe
Enterro foi envolvido de muita comoção e pai da criança afirmou que coração estava dolorido pela perda do único filho
Enterro foi envolvido de muita comoção e pai da criança afirmou que coração estava dolorido pela perda do único filho
No mesmo dia em que o bebê Talison Luís Juvino da Silva, de 2 anos, foi enterrado, a Justiça determinou nesta sexta-feira (28/10), após audiência de custódia, a conversão da prisão temporária em prisão preventiva da mãe dele Maria Luci Silva Santos, de 43 anos, autora do homicídio. O sepultamento foi cercado de muita comoção e o pai da criança, Carlos Juvino da Silva, de 41 anos, disse que o coração estava dolorido pela perda do único filho, .
De acordo com a Polícia, a mãe do bebê teve um surto psicótico. Ela manteve o filho trancado na residência por várias horas e ameaçava explodir a casa abrindo o cano do gás.
Uma equipe do GATE (Grupo de Ações Táticas) da Polícia Militar foi acionada para fazer a negociação, mas quando conseguiu entrar na casa a criança já estava sem vida.
Durante a tentativa de acordo, PMs observaram a mulher com uma faca na mão. Maria foi presa em flagrante por homicídio duplamente qualificado, por meio cruel e pela vítima ser menor de 14 anos.
O pai da criança, Carlos Juvino da Silva, disse da dor que estava sentindo, pois perdeu seu único filho. “Meu coração está dolorido”, disse ele visivelmente emocionado.
No dia do crime, Carlos saiu do trabalho mais cedo para retornar ao lar, após ser acionado por vizinhos. Quando chegou na residência, a mulher o proibiu de entrar e ainda o ameaçou. Ele disse ter olhado pela janela e o filho ficou feliz e correu em sua direção como fazia todos os dias quando chegava em casa.
Entenda o caso
Maria Luci Silva dos Santos tirou a vida do filho Talison Luís Jovino da Silva nesta quinta-feira (27/10).
Segundo a Polícia, a mulher apresentava transtornos mentais. Quando a PM foi acionada para a ocorrência, o bebê já estava sem vida e foi retirado da residência às 19h. Quarenta minutos depois a mãe foi presa e levada para o 6º DP (Distrito Policial).
O marido, Carlos Jovino da Silva, de 41 anos, informou que a mulher tem histórico de depressão e faz uso de medicamento controlado.
Quando ele chegou na casa, encontrou a mulher trancada com a criança. Ela estava com uma faca nas mãos e ameaçava ele e o filho.
“A morte foi por volta das 15h, segundo o relato da médica o horário bate. Questionei a médica e não tinha sinais evidentes de lesão. Voltei e conversei com a mãe e ela afirmou que tampou o nariz e boca da criança com a mão e entrou em óbito desta forma. Várias vezes perguntamos para mãe e o discurso era desconexo. A mãe informou que a criança sofria abusos do pai, e que ela tinha feito boletim de ocorrência, e não queria ver o filho sofrer daquela forma e por isso procurou essa solução, se matar e matar o filho”, disse o Capitão da PM Pavão.
Ainda de acordo com o policial, os vizinhos da mulher afirmaram que sentiram cheiro de gás e que a agressora tentaria explodir a casa dela.
“O gás foi rapidamente contido com o apoio do Corpo de Bombeiros e ficamos preparados para uma eventual explosão, porém não ocorreu. Durante toda negociação ela se mostrava muito fria, até depois que aconteceu tudo eu voltei para falar com ela para entender porque não tinha corte, nem sinais no pescoço (da criança) nem nada, e ela explicou muito fria como ela tinha cometido o assassinato do filho. Ela tomou essa atitude antes mesmo da primeira viatura chegar ao local. Depois ela foi só demorando, por isso que os policiais que chegaram primeiro na ocorrência já não ouviam o choro da criança”, esclareceu o Capitão durante entrevista coletiva.