
A mulher presa em flagrante na noite de sábado (14/06), às 22h43, após um violento surto no Hospital Infantil e Maternidade Márcia Braido, em São Caetano, agrediu cinco funcionários, entre eles médicos e vigilantes. O incidente foi motivado pela recusa de um atestado médico para a própria mulher. Os equipamentos e móveis danificados geraram um prejuízo estimado em R$ 30 mil.
Segundo o boletim de ocorrência do qual o ABCD Jornal teve acesso, policiais militares foram acionados via COPOM para atender a uma ocorrência de dano ao patrimônio e agressão. No local, constataram que a mulher, mãe de um paciente de 3 anos e 11 meses, havia se descontrolado. A agressora, segundo a reportagem apurou junto à Polícia, seria uma moradora de Heliópolis, um bairro da capital que faz divisa com São Caetano.
Duas médicas que acompanham o caso do filho da agressora relataram que o atendimento da criança seguia normalmente. A mãe alegou que a criança apresentava sintomas de influenza e que ela própria havia sido diagnosticada com a mesma doença dias antes. As médicas informaram que um atestado seria fornecido para a criança, mas que para a mulher seria apenas uma declaração de comparecimento.
Foi nesse momento que a mulher se exaltou, proferindo xingamentos como “vagabunda” e “vadia”, além de frases como “tudo só funciona na base da porrada”. Ao tentar sair da sala, a médica foi agredida com um chute nas costas e socos. A outra médica tentou intervir e também foi atingida com socos na boca.
O caos se espalhou pelo hospital. Uma técnica de laboratório relatou ter sido xingada de “vagabunda” e “piranha” pela mulher, que arrombou a porta do laboratório e desferiu uma cabeçada em seu rosto.
Dois vigilantes foram chamados para conter a agressora. Um deles foi mordido no braço durante a tentativa de imobilização. O outro segurança também foi agredido com socos no rosto e arranhões no pescoço enquanto a mulher o xingava e exigia o atestado médico. Em um momento de contenção, a mulher falsamente o acusou de tocá-la nos seios.
Além das agressões físicas, a mulher chutou computadores, o totem de atendimento, cadeiras e a porta do laboratório, causando extensos danos ao patrimônio do hospital, que é municipal. Os prejuízos materiais e a interrupção no atendimento de outros pacientes foram significativos, um total de R$ 30 mil.
Diante da gravidade dos fatos, as vítimas manifestaram interesse em representação criminal contra Natalia pelas agressões físicas e verbais, ameaças e danos causados.
Natalia foi indiciada pelos crimes de lesão corporal (cinco vezes), ameaça (três vezes), injúria (três vezes) e dano ao patrimônio (uma vez). Devido à inafiançabilidade do delito, ela foi encaminhada à unidade prisional competente e aguarda decisão da justiça. Um exame pericial foi requisitado ao local e imagens gravadas do ocorrido foram anexadas ao inquérito.