Moradores, Paço e Fuabc divergem sobre falta de médicos nas UPAs de Mauá
População diz que vai até unidades e nem sempre é atendida pela ausência de profissionais; Prefeitura diz que tem cobrado providências
População diz que vai até unidades e nem sempre é atendida pela ausência de profissionais; Prefeitura diz que tem cobrado providências
Moradores de Mauá, Prefeitura e a Fuabc Fundação do ABC, responsável pela contratação de profissionais para a área da saúde, divergem sobre a falta de médicos nas UPAS (Unidades de Pronto Atendimento). Neste terça-feira (24/07), Crhistian Seixas, do Movimento popular Endireita Mauá, se dirigiu até a Upa da Vila Magine e foi informado que só havia pediatra. Ele filmou e jogou na sua página do Facebook.
No domingo, a moradora Dry Ribeiro foi com sua avó na UPA da Vila Assis e também enfrentou problemas. “Quando cheguei lá minha avó estava passando mal, com falta de ar e a recepcionista falou que não tinha médico e não tinha previsão, aí fiz um barraco lá e um enfermeiro a atendeu, depois fez a ficha e fui barrada de acompanhá-la”, afirmou a moradora que também jogou os fatos nas redes sociais.
A moradora Rosana de Oliveira também compartilhou em um grupo de Facebook que na madrugada de segunda-feira (23/07)também foi à UPA da Vila Assis e não encontrou médicos para fazer o atendimento. Recentemente, o ABCD Jornal fez reportagem sobre a falta de profissionais, principalmente nos fins de semana.
A Prefeitura de Mauá e a Secretaria de Saúde informaram que solicitam diariamente um posicionamento da Fundação do ABC sobre a falta de médicos. A Fundação é a gestora do contrato da empresa R&T, responsável por realizar as coberturas nas escalas médicas das UPAS.
“A empresa R&T diz que os médicos alegam falta de pagamento para não aceitarem os plantões nas Upas de Mauá, porém, informamos que não há débitos anteriores pendentes com os médicos da urgência e emergência que realizaram plantão pela empresa PJ”, informou nota da Prefeitura.
A Fundação do ABC contestou e disse que não procede a informação de que não havia médicos clínicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Mauá nesta terça e que as três UPAs da cidade contaram com médicos clínicos e pediatras.
Especificamente para as UPAs, o contrato da Fuabc com a Prefeitura de Mauá prevê apenas mão de obra médica para complementação de escalas, ou seja, para reposição de profissionais da Prefeitura que estejam de férias, licença, afastados por razões diversas ou ausentes sem justificativa.
Atualmente a FUABC disse estar em tratativas para renovação contratual com a empresa que presta esses serviços complementares de plantões médicos. “Contudo, em razão da atual condição deficitária do contrato de gestão do Complexo de Saúde de Mauá (COSAM), a Fundação do ABC negocia a redução no valor dos plantões, o que pode estar causando descontentamento por parte da contratada”, avaliou.
A Fundação do ABC já notificou a empresa para que as escalas médicas sejam reestabelecidas e cumpridas integralmente nas UPAs. Paralelamente, a Fuabc afirmou que tem contratado médicos no mercado para plantões avulsos, a fim de cobrir possíveis falhas nas escalas e minimizar o impacto à população.