Morador de Sto.André presenteia passageiros de trem e é retirado de forma truculenta

Testemunhas questionaram o motivo da retirada do jovem já que não se tratava de venda dentro do vagão, mas sim de doação de chocolates por conta do fim do ano

 

Um morador de Santo André, identificado como Daniel, de 26 anos, em 29 de dezembro, decidiu distribuir chocolates aos passageiros nos trens, como uma forma de desejar um feliz Natal. No entanto, essa ação de generosidade encontrou um desfecho inesperado na Estação Tatuapé.

De acordo com vídeos e relatos enviados ao canal TV São Bernardo, seguranças da estação reagiram de forma truculenta ao verem Daniel distribuindo os chocolates. A ação dos seguranças teria incluído ameaças ao jovem, gerando confusão e intervenção de outros passageiros em sua defesa.

Testemunhas relatam que o gesto de Daniel foi recebido com emoção e gratidão pelos passageiros, alguns chegando a abraçá-lo e agradecer, chorando, por seu ato de gentileza.

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) emitiu uma nota oficial solicitada pelo ABCD Jornal que fez a reportagem em parceria com a TV São Bernardo.

Leia a íntegra

“Por volta das 22h da última sexta-feira (29/12/23) um homem foi localizado dentro de um trem na Estação Tamanduateí, que atende a Linha 10-Turquesa da CPTM, entregando itens aos passageiros. Os seguranças adotaram o procedimento padrão e retiraram o indivíduo da composição.

Já na plataforma, foi identificado que se tratava de uma distribuição de produtos gratuita. A sacola foi devolvida ao indivíduo.

O comércio ambulante não ė permitido nos trens e estações da CPTM. A atuação da Companhia está respaldada no Decreto Federal 1832, de 04/03/1996, que regulamenta o transporte ferroviário. O combate ao comércio ilegal nas dependências da companhia se dá por fiscalização e a sanção aos vendedores irregulares flagrados está restrita à sua retirada do sistema e à apreensão da mercadoria que estava sendo comercializada.

A prática de vendas dentro dos trens é combatida, principalmente, pelo fato de os produtos comercializados não terem procedência conhecida e, por isso, podem estar associados a crimes como contrabando, roubo de cargas, furtos e roubos, por exemplo. A CPTM conta com a colaboração de todos os passageiros para enfrentar o comércio irregular, não incentivando a prática e denunciando nos canais diretos da companhia”.