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Morador de Santo André troca reciclável por alimento

Projeto Moeda verde está em dois bairros e intenção é ampliar para 82 locais; Capuava ganhou ponto de troca nesta terça

Moradores do Núcleo Capuava trocam pela primeira vez recicláveis por alimentos. Foto: Divulgação/PSA-Ricardo Trida

Santo André lançou neste mês o Projeto Moeda Verde que visa a troca de materiais recicláveis por alimento hortifrúti, fornecidos pelo Banco de Alimentos e Craisa (Companhai Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). O prefeito de Santo André, Paulinho Serra (PSDB) disse que o importante é conscientizar os moradores sobre a necessidade de deixar a cidade limpa. A cada 5 kg de resíduos, a família recebe 1 kg de alimento como frutas, verduras e legumes.

Desde novembro, quando lançou o projeto no Núcleo dos Ciganos, em Utinga, foram 2.150 kg de materiais foram coletados e entregues pelos moradores da comunidade, numa média de 200 kg de recicláveis recolhidos por dia de troca. Nesta terça-feira (24/04) foi a vez do Núcleo Capuva, na altura do número 11.300 ganhar o ponto de troca. Nesta quinta-feira (26/04), o projeto será lançado no Núcleo dos Ciprestes. A intenção do prefeito é que se expanda para outros 82 locais. A parceira é entre o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e a Secretaria de Inovação Social.

O morador Raimundo José do Nascimento, 72 anos, separou 19 quilos de materiais recicláveis e foi o primeiro da fila na inauguração do ponto em Capuava. Ele conseguiu trocar por 4 kg de alimentos e voltou feliz pra casa. “Fizemos isso porque passamos necessidades. A troca também ajuda na limpeza da cidade. O projeto é muito bom”, afirmou.

A moradora Nivalda Nádia Oliveira Ferreira disse que “milagre existe”, ao se referir à maneira de descartar os produtos. “Tinha muita coisa na minha casa que eu não sabia o que fazer com ela. Agora, vou trocar por alimento. Ainda mais com o preço absurdo que estão as verduras. Nunca imaginei que existe um projeto assim. É milagre mesmo”, afirmou a moradora.

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O prefeito afirmou que outras seis cidades procuram Santo André para conhecer a iniciativa. “Nosso critério inicial é eliminação dos pontos de descarte irregular mais graves da cidade. No Núcleo Ciganos gastávamos cerca de R$ 300 mil por ano para fazer a limpeza do local. Hoje está tudo limpo. Aqui em Capuava gastamos R$ 260 mil e também queremos ter um resultado positivo”, concluiu Paulinho Serra.

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