Metroviários decidem fazer greve a partir da 0h desta terça
TRT determinou manutenção de percentual mínimo de 95% do funcionamento do serviço nos horários de pico, sendo das 6h às 9h e das 16h30 às 19h30
TRT determinou manutenção de percentual mínimo de 95% do funcionamento do serviço nos horários de pico, sendo das 6h às 9h e das 16h30 às 19h30
Em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (27/07), os metroviários de São Paulo decidiram pela paralisação das atividades por tempo indeterminado a partir da 0h desta terça-feira (28/07).
Na votação 1.839 ( 73,38%) votaram a favor da greve, enquanto 545 ( 21,75%) pelo não. Houve 122 ( 4,87%) abstenções.
O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou por meio de liminar que a categoria deverá manter o percentual mínimo de 95% do funcionamento normal do serviço nos horários de pico, sendo das 6h às 9h e das 16h30 às 19h30.
Já com relação aos demais horários, tem de ser de 65%. No caso de descumprimento haverá uma multa diária de R$ 150 mil e R$ 500 mil, por culpa dos trabalhadores e da empresa, respectivamente
A paralisação será porque os metroviários reivindicam reajuste salarial depois que o Metrô justificou queda no faturamento e redução de salários.
“Os metroviários buscaram, de todas as formas, dialogar com o governo Doria e a direção do Metrô, mas enfrentaram a intransigência de ambos. Após várias reuniões e audiências de conciliação mediadas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) não houve, de fato, qualquer tipo de avanço nas negociações. A greve acontecerá pela defesa dos direitos e o corte de 10% nos salários”, diz nota do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
O Metrô também emitiu uma nota e informou que que, apesar de estar transportando cerca de 35% da demanda comum de passageiros, “conseguiu manter a oferta de trens em até 100%, de acordo com a demanda, e honrou o salários e benefícios dos funcionários integralmente ao longo destes 4 meses”. A companhia salienta também que “vai pagar 90% do salário de julho dos funcionários, com o restante sendo pago assim que houver receita”.