Médica de S.Bernardo está entre os casos investigados de reinfecção pelo coronavírus

Profissional relata que voltou a sentir os sintomas meses depois de ter tido a doença

Médica de São Bernardo está entre os casos investigados de reinfecção pelo coronavírus. Foto: Reprodução/TV Globo

Hospital das Clínicas de São Paulo investiga casos de sete pacientes com suspeita de reinfecção pelo coronavírus e entre eles está uma médica de São Bernardo que voltou a ter os sintomas meses depois de ter tido a doença.

A médica anestesista Jussara Resende em entrevista ao SP1, da TV Gobo, informou nesta terça-feira (25/08) que no fim de março passou a ter cansaço, fraqueza e perdeu o paladar e fez o exame (RT-PCR), que detectou a Covid-19.

A profissional fez novo teste 15 dias depois do tratamento e o resultado deu negativo. No entanto, em julho, voltou a sentir os sintomas do coronavírus.

“Como eu tenho bronquite e alergia, então eu sentia um pouco falta de ar, achava que era poeira. um pouco de tosse seca, eu tive um pouco de febre, mas não associei ao Covid, até o dia que eu perdi o paladar. Comecei a sentir dores articulares, na parte superior do meu braço e aí no dia seguinte eu senti a minha garganta fechar”, disse a médica, que fez novamente outro exame e mais uma vez testou positivo para a Covid-19.

A Prefeitura de São Bernardo foi procurada pelo ABCD Jornal e a administração informou que a médica já trabalhou na rede pública de saúde da cidade, mas não atua mais. A profissional deve atuar na rede particular.

O HC criou um ambulatório específico para estudar os casos de reinfecção. Pesquisadores estão fazendo sequenciamento genético para avaliar se são vírus diferentes, se houve mutação ou se o mesmo vírus da primeira infecção voltou a se manifestar.

Outros pacientes também estão sendo monitorados pela USP de Ribeirão Preto. No mundo também há investigações. Há relatos na Holanda e na Bélgica. Em Hong Kong, cientistas também informaram que um paciente de 33 anos, sem doenças pré-existentes, pegou o vírus pela segunda vez, quase cinco meses após a primeira infecção.