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MBL protocola na Câmara pedido de impeachment contra Auricchio

Presidente da Câmara diz que se não houver fatos novos não deverá levar para votação em plenário

  • Coordenadores do MBL protocolam pedido de impeachment na Câmara.
    Foto: Gislayne Jacinto
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 04/07/2018
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Presidente da Câmara diz que se não houver fatos novos não deverá levar para votação em plenário

pedido de impeachment

Coordenadores do MBL protocolam pedido de impeachment na Câmara. Foto: Gislayne Jacinto

O MBL (Movimento Brasil Livre) protocolou nesta quarta-feira (04/07) pedido de impeachment contra o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB). O movimento se baseou em denúncia apresentada pela Procuradoria Regional Eleitoral, na qual é apontado suposto caixa dois e eventual organização criminosa contra o tucano e seu vice, Beto Vidoski (PSDB), por conta de doações recebidas na campanha de 2016. Esse é o segundo pedido de cassação feito ao Legislativo. O primeiro, de autoria do PSOL, foi rejeitado. Apenas quatro vereadores votaram a favor.

As denúncias são muito graves. O prefeito recebeu quase R$ 300 mil de uma beneficiária do bolsa família. Isso não só dá a cassação do mandato, como também 30 anos de cadeia”, disse Kin Patroca Kataguiri, coordenador nacional do MBL e um dos autores do pedido de impeachment.

Cauê Vinícius Camata Teixeira, outro que assina o documento, afirmou que antes de 7 de agosto, quando deverá ser votado o pedido na sessão da Câmara por conta do que estabelece o Regimento Interno da Casa, haverá manifestação na cidade. “Vamos também convocar os moradores a enviarem e-mail e telefonarem para os vereadores para que sejam pressionados a votar a favor do pedido de impeachment”, afirmou Cauê, que é coordenador do MBL em São Caetano.

Defesa

O presidente da Câmara, Pio Mielo (MDB), disse que consultará o departamento jurídico sobre o assunto, mas aletrou que a solicitação pode não seguir para a votação do vereadores. “Se forem os mesmos argumentos, não posso colocar em votação, se não tiver novos fatos, argumentos e contrapontos diferentes do primeiro pedido, um recorte e cola, meu entendimento é que nem deve ir para o plenário . Não houve falha administrativa que justifique esse pedido. As prestações de contas do prefeito foram aprovadas”, disse.

Pio afirmou não ter lido ainda o documento, mas saiu em defesa do prefeito. “Não li ainda, mas vamos analisar juridicamente o pedido de impeachment. Esse instrumento não pode ser utilizado de maneira leviana, oportunista, casuísta e golpista. O prefeito não cometeu nenhum ato de improbidade no exercício do mandato. O que existe é uma apuração do Ministério Público do que teria havido algum problema na campanha. O próprio MP não pediu o afastamento do prefeito”, concluiu.