MBL protocola na Câmara pedido de impeachment contra Auricchio
Presidente da Câmara diz que se não houver fatos novos não deverá levar para votação em plenário
Presidente da Câmara diz que se não houver fatos novos não deverá levar para votação em plenário
O MBL (Movimento Brasil Livre) protocolou nesta quarta-feira (04/07) pedido de impeachment contra o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB). O movimento se baseou em denúncia apresentada pela Procuradoria Regional Eleitoral, na qual é apontado suposto caixa dois e eventual organização criminosa contra o tucano e seu vice, Beto Vidoski (PSDB), por conta de doações recebidas na campanha de 2016. Esse é o segundo pedido de cassação feito ao Legislativo. O primeiro, de autoria do PSOL, foi rejeitado. Apenas quatro vereadores votaram a favor.
“As denúncias são muito graves. O prefeito recebeu quase R$ 300 mil de uma beneficiária do bolsa família. Isso não só dá a cassação do mandato, como também 30 anos de cadeia”, disse Kin Patroca Kataguiri, coordenador nacional do MBL e um dos autores do pedido de impeachment.
Cauê Vinícius Camata Teixeira, outro que assina o documento, afirmou que antes de 7 de agosto, quando deverá ser votado o pedido na sessão da Câmara por conta do que estabelece o Regimento Interno da Casa, haverá manifestação na cidade. “Vamos também convocar os moradores a enviarem e-mail e telefonarem para os vereadores para que sejam pressionados a votar a favor do pedido de impeachment”, afirmou Cauê, que é coordenador do MBL em São Caetano.
Defesa
O presidente da Câmara, Pio Mielo (MDB), disse que consultará o departamento jurídico sobre o assunto, mas aletrou que a solicitação pode não seguir para a votação do vereadores. “Se forem os mesmos argumentos, não posso colocar em votação, se não tiver novos fatos, argumentos e contrapontos diferentes do primeiro pedido, um recorte e cola, meu entendimento é que nem deve ir para o plenário . Não houve falha administrativa que justifique esse pedido. As prestações de contas do prefeito foram aprovadas”, disse.
Pio afirmou não ter lido ainda o documento, mas saiu em defesa do prefeito. “Não li ainda, mas vamos analisar juridicamente o pedido de impeachment. Esse instrumento não pode ser utilizado de maneira leviana, oportunista, casuísta e golpista. O prefeito não cometeu nenhum ato de improbidade no exercício do mandato. O que existe é uma apuração do Ministério Público do que teria havido algum problema na campanha. O próprio MP não pediu o afastamento do prefeito”, concluiu.