Mauá quer extinguir Hurban e cortar cargo para reduzir taxa
Proposta surgiu nesta sexta-feira na reunião entre prefeita interina e vereadores
Proposta surgiu nesta sexta-feira na reunião entre prefeita interina e vereadores
Para minimizar a crise instituída em Mauá por conta da nova taxa de lixo, cobrada desde abril na conta de água dos moradores, a prefeita de Mauá em exercício, Alaíde Damo (MDB), se reuniu com os vereadores da cidade nesta sexta-feira (08/06) e propôs alguns cortes de gastos.
“Para reduzir a taxa para o valor que corresponde a R$ 8,92 na faixa de consumo de 10 metros cúbicos de água mensal, a prefeita propôs que a Prefeitura de Mauá subsidie a cobrança. Para compensar o subsídio, a proposta é extinguir a autarquia Hurbam (Habitação Popular e Urbanização de Mauá) e alguns cargos em comissão. Além disso, a prefeita em exercício solicitou à equipe técnica do executivo estudos para redução do valor da taxa de esgoto cobrado na cidade”, informou a Prefeitura.
A Hurban era ocupada por Sargento Simões, demitido recentemente por ser aliado de José Carlos Orosco, ex-genro de Alaíde Damo.
Durante a reunião, a prefeita também afirmou que cobrará da BRK Ambiental, concessionária do esgoto na cidade, a diminuição na tarifa pelo serviço.
Taxa do lixo
Alaíde não aceitou a revogação da taxa como queriam alguns vereadores, porque a Lei de Responsabilidade Fiscal impede a renúncia de receita. A prefeita interina quer apenas aumentar o número de faixas de cobrança, pois hoje as categorias de consumo se dividem de 0 a 10 metros cúbicos de água mensal, de 10 a 20 e de 20 a 50. A nova proposta fixa a tarifa de R$ 8,92 para 0 a 10 metros cúbicos, mas ainda não foi informado quanto seria cobrados das demais faixas.
Dos 23 vereadores apenas dois não compareceram à reunião: Bodinho (PRP) e Admir Jaocmussi (PRP), presidente da Câmara e pai do prefeito licenciado, Atila Jacomussi (PSB), preso na penitenciária do Tremembé após ser flagrado pela Polícia Federal por ocultação de R$ 87 mil em sua residência, em 9 de maio.
Essa decisão não agradou os movimentos populares que farão um protesto nesta terça-feira (12/06) na frente da Prefeitura, às 9h, e na Câmara, às 13h. Mais de 10 mil assinaturas já foram coletadas na cidade, para solicitar a revogação da nova taxa.