Mauá abre processo contra ex-comandante da GGM por causa de vale-transporte
Denúncia é de que guarda municipal morava em Mauá, mas usava endereço de Itanhém para receber benefício
Denúncia é de que guarda municipal morava em Mauá, mas usava endereço de Itanhém para receber benefício
A Prefeitura abriu processo administrativo contra a subcomandante da GCM (Guarda Civil Municipal) Solange Cristina Montesanti. O fato ocorreu nesta quarta-feira (17/08) dois dias depois que o ABCD Jornal publicou reportagem na qual mostrou que uma denúncia chegou até a Câmara contra a agente e o suposto recebimento de vale-transporte.
No caso da ex-subcomandante que foi exonerada nesta semana existe uma acusação de que ela colocou como endereço residencial uma casa na Rua Guaporé, em Itanhaém, mas o seu endereço correto seria na Rua Espírito Santo, no bairro São Gabriel, em Mauá. A denúncia é de que ela recebia mais de R$ 1.700 só de vale-transporte por mês.
Em publicação feita no Diário Oficial desta quinta-feira (18/08), a Prefeitura publicou a decisão sobre o início da investigação. “Aos 17 dias do mês de agosto de 2022, Instauram-se o presente trabalho da Comissão Processante Especial, para apuração do Processo Administrativo nº 8.402 /2022 de suposto recebimento indevido do auxílio-transporte previsto na Lei nº 3.901/2005 e Decreto nº 6.894/2006 e suposta infração de natureza grave prevista no art. 7º da Lei nº 3.901/2005, sem prejuízo de eventual tipificação de outro dispositivo no transcurso da apuração, em face da servidora IC GCMF. S.C.M”, diz o documento.
O prazo para finalização e apresentação do relatório final será de 90 dias, prorrogável por mais 30 dias mediante uma fundamentação sobre o caso em andamento.
A comissão é formada por Irinaldo Galindo dos Santos (Presidente), Carlos Alberto Narcizo dos Santos (Membro Titular), Subinspetor Antonio Nilton Pereira de Castro (Membro Titular), Elson Antonio Pereira (Membro Suplente) e Subinspetor Rodrigo Antunes Mendes (Membro Suplente).
Câmara
O vereador de oposição Sargento Simões (Avante) disse ter recebido denúncia de que a subcomandante teria recebido indevidamente vale-transporte e o governo decidiu demiti-la nesta semana para evitar eventuais problemas na Justiça, pois ela estava em um cargo em comissão, ou seja, em função de confiança do prefeito Marcelo Oliveira. “Tem de investigar mais pessoas. Não pode ser só essa guarda. Temos informação de que há servidores que são ligados ao governo e estão sendo privilegiadas. Ou o governo apura todos ou vamos para o Ministério Público”, afirmou Simões.
Outros 19 GCMs na cidade receberam indevidamente vale transporte. Há informação de que teve agente na cidade que já recebeu R$ 100 mil de forma indevida nos últimos anos. Uma Comissão Processante em andamento pede a devolução do dinheiro aos cofres públicos. O caso está em fase de recurso.