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Márcio de Souza fala em golpe da família Damo e diz que gestão abandonou obras

Ex-chefe de Gabinete e braço direito do prefeito Atila acusa governo interino de deixar pacientes do Nardini sem alimentação; FMABC nega

  • Márcio de Souza parte para o ataque contra a família Damo.
    Foto: Divulgação/Caio Arruda
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 06/07/2018
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Ex-chefe de Gabinete e braço direito do prefeito Atila acusa governo interino de deixar pacientes do Nardini sem alimentação; FMABC nega

márcio de souza

Márcio de Souza parte para o ataque contra a família Damo. Foto: Divulgação/Caio Arruda

 

Márcio de Souza, ex-chefe de Gabinete e braço direito do prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), demitido na sexta-feira (29/06) pela prefeita Alaíde Damo, partiu para o ataque ao governo interino. Para Márcio, a cidade está abandonada com obras por inaugurar. Disse ainda que os pacientes do Hospital Nardini teriam ficado nesta quinta-feira (05/07) sem alimentação e apresentou à imprensa um áudio no qual uma funcionária fez a denúncia.

Para Márcio, a prefeita assumiu o cargo e tenta “dar um golpe”, porque o prefeito eleito foi Atila, tendo ela como vice. Ele criticou as obras que estão paradas sem inauguração e citou uma escola no Parque São Vicente e uma UBS (Unidade Básica de Saúde) no Jardim Itapark, uma escola de artes e outra escola no Jardim Araguaia.

Outra crítica envolve as demissões de secretários, diretores e funcionários comissionados indicados pelo prefeito Atila. “Governar uma cidade não é governar o quintal ou a cozinha. E aí agir com fígado nas demissões. Toda essa sequência de exonerações, passa uma atitude nervosa, inclusive com a gente”, disse.

O chefe de Gabinete disse que o distanciamento do grupo de Atila partiu da família Damo e afirmou que a vice-prefeita não tinha interesse em participar das ações do governo e raramente ia ao Paço (foi duas vezes) antes da prisão de Atila, em 9 de maio. O prefeito foi detido pela PF (Polícia Federal), quando foi deflagrada a Operação Prato Feito, por suspeita de lavagem de dinheiro e suposto desvio de dinheiro da merenda. A PF encontrou na casa de Atila R$ 87 mil em espécie. O chefe do Executivo só foi solto em 15 de junho após habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal).

Outro lado

O secretário de Governo, Antonio Carlos de Lima, saiu em defesa do governo de Alaíde Damo e criticou a gestão de Atila. “Eles deixaram a cidade em um caos. Se está faltando algo é porque a situação financeira do município é caótica”, afirmou.

A Fundação de Medicina do ABC emitiu uma nota em que negou que tenha faltado alimentação aos pacientes do Hospital Nardini. “Diferente do que afirmou à imprensa o chefe de Gabinete exonerado de Mauá, Márcio de Souza, não houve paralisação do serviço de alimentação no Hospital Nardini. Representantes do sindicato da categoria organizaram manifestação em frente à unidade, mas as atividades da empresa que presta o serviço não foram interrompidas e o fornecimento de alimentação está regular tanto para funcionários quanto para os pacientes. Hoje (quinta-feira), inclusive, a Fundação do ABC efetuou repasse de R$ 238 mil à empresa”.

Para a Fundação, Márcio de Souza demonstrou “desconhecimento” sobre o funcionamento do pronto-socorro do Hospital Nardini. “O PS nunca esteve fechado, mas sempre foi referenciado para casos de urgência e emergência. A situação só mudou em dezembro de 2017, quando o prefeito afastado, Atila Jacomussi, apesar do déficit mensal de R$ 3 milhões junto ao contrato de gestão com a FUABC, tornou a unidade “porta aberta”, sem prever nenhum aporte financeiro para a manutenção deste sistema”, concluiu.