Cidades

Mais uma parte de barranco desmorona em Mauá; Veja vídeo

Dessa vez não houve vítimas, mas situação preocupa moradores que gravaram vídeos e postaram nas redes sociais

Moradores do Jardim Zaíra, em Mauá, estão preocupados com os deslizamentos de terra nessa região. Dois dias depois de a cidade ter registrado vítimas fatal e quatro feridos durante desmoronamento de casas, o bairro registrou nesta quinta-feira (23/02) mais uma ocorrência.

Dessa vez não houve vítimas, mas os moradores postaram vídeos relatando o problema. Após o deslizamento, o Corpo de Bombeiros esteve no local, bem como equipes da Defesa Civil. Máquinas e trabalhadores estavam no local nesta noite para remover a terra.

A Prefeitura de Mauá decretou estado de emergência nesta quarta-feira (22/02) devido ao acúmulo excessivo de chuvas registrado em fevereiro.  As equipes da Prefeitura estão mobilizadas em uma força-tarefa para identificar as famílias que vivem em risco iminente para a remoção imediata de suas casas, pois há previsão de mais chuvas para os próximos dias.

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A administração municipal informou que também irá acelerar o processo de implantação de sirenes para alerta de chuvas em áreas de risco. Também será encaminhado, entre hoje e amanhã ao Legislativo, em caráter de urgência, projeto de lei que aumenta o valor do Auxílio Emergencial Financeiro para pessoas afetadas por desastres naturais. Originalmente fixado em R$ 300, deverá ser reajustado para R$ 500.

Durante a noite de terça-feira (21/02), a Defesa Civil de Mauá atendeu a duas ocorrências. Na rua Júlio Antônio Conde foi registrado deslizamento de terra sobre uma casa. Três pessoas foram socorridas. Uma delas estava sem ferimentos e duas foram levadas ao Hospital Nardini. Uma mulher com idade entre 50 e 60 anos chegou sem vida ao hospital. O marido dela também foi encaminhado, mas recusou o atendimento e foi embora.

Na Rua Dona Áurea Oliveira da Silva, também no Jardim Zaíra, uma casa desabou e um homem, de 43 anos, foi resgatado e socorrido. Ele recebeu alta por volta do meio-dia desta quarta-feira.

Agentes da Defesa Civil e as equipes da Secretaria de Assistência Social estão constantemente nos locais dos deslizamentos e desmoronamentos para prestar atendimento e apoio.

Em caso de emergência, o morador deve acionar a Defesa Civil (199), o Corpo de Bombeiros (193) ou o SAMU (192).

 

Mais uma parte de barranco desmorona em Mauá. Foto: Reprodução/Vídeo

Remoção de famílias

Nesta quinta-feira (23/02), em nova ação nesse período de chuvas para garantir a segurança de pessoas que vivem em áreas de risco em Mauá, as equipes da Prefeitura, compostas por funcionários da Defesa Civil e das secretarias de Assistência Social e de Habitação percorreram os perímetros R3 e R4 (áreas de risco alto e muito alto) da cidade, segundo estudos feitos pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), além de atender aos chamados recebidos no 199 da Defesa Civil. Neste momento, as notificações e abordagens são realizadas presencialmente pela força-tarefa.

Nas últimas 24 horas já foram removidas 41 famílias dessas áreas. Todas receberam o apoio da equipe da secretaria de Assistência Social. Somente uma aceitou a acolhida no abrigo municipal, enquanto as outras se dirigiram para casas de amigos ou parentes. Foram atendidas as regiões do Jardim Zaíra, onde se encontra a maior parte dessas residências, e também do Jardim Ipê. Segundo a Defesa Civil foi necessária a interdição de 52 imóveis, de maneira total ou parcial. O trabalho não tem previsão de conclusão.

Não há estimativa para o número de famílias que precisarão deixar suas casas, pois isso pode mudar a cada dia conforme o decorrer das vistorias realizadas e das chuvas que continuam a cair.

De acordo com o protocolo definido pela Defesa Civil, se for constatado o risco iminente e a necessidade de interdição total do imóvel, a remoção precisará ser imediata e a família encaminhada para o atendimento da assistência social e o apoio necessário. Isso inclui desde a acolhida no abrigo municipal, caso os moradores não tenham para onde ir, ou auxílio-alimentação (cesta básica) e até colchonetes. A equipe social faz a avaliação técnica de cada caso para o direcionamento e recebimento do auxílio emergencial financeiro. São ainda analisadas as perdas materiais de cada família e posteriormente o Fundo Social de Solidariedade de Mauá é acionado para oferecer auxílio.

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Gislayne Jacinto

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