Maioria das escolas de Diadema está sem segurança e enfrenta furtos
Contrato com a empresa Centurion encerrou-se em 31 de março; algumas unidades sofreram vandalismo nos últimos meses, além de furtos de fios, torneiras, pias, computadores e portão
Contrato com a empresa Centurion encerrou-se em 31 de março; algumas unidades sofreram vandalismo nos últimos meses, além de furtos de fios, torneiras, pias, computadores e portão
A maioria das 61 escolas de Diadema está sem segurança. O contrato com a empresa Centurion foi rompido em 31 de março e, desde então, poucas unidades contam com vigilância. A reportagem do ABCD Jornal apurou que menos de 20 contam com a presença de GCPs (Guardas Civis Patrimoniais).
Muitas escolas têm sofrido com vandalismo e furtos de fiação, torneiras, pias, computadores e até portão, como é o caso da escola Perceu Abramo. A escola Herbert de Souza, no Jardim das Maravilhas, também teve os fios levados por criminosos. Entraram no local pelo menos cinco vezes neste ano.
Outras escolas também foram alvo de vândalos. A recordista de invasões é a Emeb José da Silva Filho (dez furtos). Na sequencia, aparece a Emeb Tarcila do Amaral ( antiga EMEI União), que foi furtada 8 vezes neste ano. Na lista também estão a Emeb Trivinho (3 furtos), Emeb Henrique de Souza Filho(4 furtos), Emeb Fabíola de Lima Goyano, Emeb Carlos Drumond de Andrade, Emeb Vinícius de Moraes, Emeb Cândido Portinari, Creuza L. Pinho, Raquel de Queiroz, Jorge Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda, Hercília Ribeiro e Sagrado Coração de Jesus.
O secretário-adjunto de Educação de Diadema, Alberto Alves de Souza, disse que o contrato com Centurion foi encerrado porque há 5 anos o pagamento vinha sendo feito “em caráter indenizatório”, ou seja, não havia um contrato formal desde 2016. “Não podíamos correr o risco de sermos penalizados por algo que não foi feito por nós”, afirmou.
O contrato era de R$ 920 mil por mês, totalizando R$ 12 milhões em um ano.
A reportagem do ABCD Jornal conversou com funcionários de escolas que afirmaram que em vez de GCPs as unidades de ensino têm recebido integrantes da Frente de Trabalho para vigiar os espaços. O fato tem criado insatisfação por não serem especializados em vigilância. Entre as escolas que a reportagem apurou que contam com pessoas da Frente de Trabalho estão Zilda Gomes, Letícia Beatriz Perça, Lázara Pacheco, Carlos Drummond e Mário Quintanilha.
O secretário-adjunto de Educação nega o fato e afirmou que os funcionários da Frente de Trabalho apenas fazem serviços de limpeza e ajudam na portaria, olhando quem entra, medindo febre e vendo se as pessoas estão de máscara.
De acordo com ele, um pregão está em andamento para a contratação de uma empresa que fornecerá 114 zeladores. Quarenta empresas participam da licitação, mas quatro delas já foram desclassificadas por falta de documentação ou desabilitadas por apresentarem plano inexequível para pagamento dos contratados que receberão R$ 1,6 mil por mês. “Devemos chamar a quinta empresa nesta sexta-feira (27/08). Tão logo uma empresa ganhe o pregão vai começar o serviço de zeladoria. Cada escola terá de um a três zeladores”, informou Alberto Souza.
Segundo o secretário adjunto, também está em andamento um processo licitatório para a aquisição de câmeras de segurança que serão instaladas nas escolas e terão o monitoramento da GCM (Guarda Civil Municipal).