Ladrões levam rodas, pneus e baterias de viaturas da Defesa Civil de Mauá
Cidade tem colecionado invasões em prédios públicos, como escolas, museus e unidades de saúde; foram dez vandalismos e roubos só neste ano
Cidade tem colecionado invasões em prédios públicos, como escolas, museus e unidades de saúde; foram dez vandalismos e roubos só neste ano
Mauá vive um momento muito complicado. Além de a cidade estar com o prefeito afastado (Atila Jacomussi- PSB) por denúncia de lavagem de dinheiro, o município ainda tem enfrentado uma série de invasões a prédios públicos, um total de dez só neste ano. Bens públicos têm sido roubados com certa facilidade.
No último fim de semana, por exemplo, a Coordenadoria da Defesa civil, órgão ligado à Secretaria de Segurança Pública, pela oitava vez foi invadida por ladrões. Os criminosos levaram todas as rodas e baterias das viaturas, além de entortarem as portas.
O vereador da oposição Marcelo Oliveira (PT), durante a última sessão ordinária da Câmara antes do recesso fez requerimento em que questionou a invasão ao museu Barão de Mauá em dois dias consecutivos: 23 e 24 de junho. Em tribuna, o parlamentar também lamentou o fato de vários prédios públicos terem sido invadidos por falta de reforço na segurança.
A Prefeitura de Mauá confirmou que houve uma ocorrência na madrugada de sábado (30/6), no qual as rodas de quatro veículos foram roubadas. A Polícia Civil está apurando o caso e já realizou perícia no local. A administração municipal destaca que rodas e pneus novos já foram providenciados e o serviço não foi comprometido por conta do ocorrido
Recentemente, o secretário de Segurança de Mauá, Paulo Barthasar, foi entrevistado pelo ABCD Jornal sobre a invasão a prédio público e ele afirmou que o efetivo da GCM (Guarda Civil Municipal) é pequeno. São 180 profissionais para atuar na cidade toda. Ele lamentou o fato de a cidade ficar 13 anos sem contratar guardas e acrescentou que a atual gestão teve de resgatar um concurso feito há dois anos para que pudesse contratar 40 novos GCMs que já estão em treinamento. Outro problema citado pelo secretário é que 60% da Corporação já tem condições de solicitar a aposentadoria.
Conheça as invasões aos prédios públicos em 2018:
Escola Municipal Carolina Moreira da Silva – Jardim Oratório – Na escola, os criminosos arrombaram portas e levaram cerca de R$ 300 da diretoria, dinheiro que seria usado na confecção da festa junina. Inicio de junho de 2018.
UBS do Jardim Feital – vândalos não roubaram nada, mas quebraram objetos e desarrumaram estoques, além de terem tentado atear fogo em alguns pontos do local. Inicio de junho de 2018.
UBS do Jardim Oratório – seis computadores foram levados, uma janela foi quebrada. Inicio de junho de 2018.
Escola Estadual Emilia Crem dos Santos – Jardim Flórida – teve fiação de energia roubada três vezes em um ano e sofre com mato e vidros quebrados – janeiro de 2018.
Escola Municipal Chico Mendes – Jardim Flórida – maio 2018
EM José Resende da Silva – Parque São Vicente – maio 2018
Escola Municipal Terezinha Leardini Branco – Jardim Zaíra – sofre com o vandalismo constantemente. O quadro de luz do local foi furtado por ladrões e a creche ficou sem energia por dois dias. A situação seria normalizada um dia depois, mas os vândalos invadiram novamente a escola e depredaram o local. Os equipamentos foram alvo de furto e depredação – março de 2018.
Museu Barão de Mauá – Centro – invasão, roubo de peças históricas, depredação, vandalismo. Desde 2017, o espaço vem sendo alvo de ações de marginais. O espaço é tombado como Patrimônio Histórico pelo Condephaat Estadual. A ultima ação dos vândalos ocorreu no final de semana (23 e 24 de junho).