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Justiça solta inocente preso por suspeita da morte de família em S.Bernardo

Michael dos Anjos ficou três dias detido injustamente, porque um dos presos mentiu para acobertar irmã

  • Filha é suspeita de planejar crime contra pai, mãe e irmão.
    Foto: Reprodução
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 07/02/2020
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Michael dos Anjos ficou três dias detido injustamente, porque um dos presos mentiu para acobertar irmão

 

 

Filha é suspeita de planejar crime contra pai, mãe e irmão. Foto: Reprodução

 

A Justiça soltou Michael dos Anjos que foi preso nesta semana pela Polícia como suspeito de participar da morte do casal de empresários Romuyuki e Flaviana Gonçalves e do filho adolescente, Juan Victor, de 15 anos. Os três foram carbonizados na estrada do Montanhão, em São Bernardo, em 28 de janeiro.

Quem pediu para soltar Michael foi o preso Juliano Júnior, que já confessou ter participado do crime, mas mentiu para a Polícia para acobertar o irmão, Jonathan Fagundes Ramos, o verdadeiro suspeito, que fugiu e, agora, é um procurado da Polícia já que está com a prisão decretada.

As principais suspeitas de planejar o crime são a filha mais velha do casal, Ana Flávia Gonçalves, e sua namorada, Carina Ramos. Elas confessaram que mandaram roubar a casa da família, mas negam que mataram os três.

Elas foram as primeiras a serem presas. Posteriormente, outras três pessoas tiveram a prisão decretada. A Polícia procura o sexto suspeito.

 Entenda o caso

Romuyki, Flaviana e Juan foram carbonizados dentro veículo Jeep Compass, que pertencia à família.

Nos primeiros depoimentos, Ana Flávia e Carina negaram, mas com o depoimento de Juliano apontando-as como mentoras do crime, elas mudaram a versão e admitiram que planejaram o roubo. (Foram elas que colocaram os bandidos dentro do veículo e depois deixaram entrar na casa da família.

De acordo com a polícia, no primeiro depoimento, as suspeitas mencionaram que a família tinha uma dívida com um agiota e que Flaviana teria saído de casa de madrugada para realizar o pagamento e depois seguiria para Minas Gerais. A presença do filho no carro fez a polícia desconfiar da versão.

A Polícia encontrou a casa toda revirada e tinha sangue em cômodos, roupas e na máquina de lavar. O que levantou suspeita é de que a casa estava fechada, não tinha sinais de arrombamento. Foram roubados eletrodomésticos, documentos, joias, além de dólares e R$ 8 mil em espécie.

Também foram localizados litros de água sanitária e manchas de sangue  no quarto do adolescente. Também havia manchas de sangue em peças de roupa de Ana Flávia (no joelho e na parte da genitália).

 

Filha mais velha do casal, Ana Flávia, e namorada dela, Carina, são as principais suspeitas do crime e estão presas. Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Uma testemunha chave revelou à Polícia que viu um homem de 1,90 m de altura junto com Ana Flávia e Carina, carregando coisas pesadas para o veículo. O suspeito é Juliano, primo de Carina, o terceiro a ser detidoem 4 de fevereiro. Ele já confessou o crime e mencionou que a ação foi premeditada e que Ana Flávia autorizou o assassinato da família.

De acordo com Juliano, a intenção dele e dos dois comparsas era roubar joias e dinheiro do cofre da casa. Na residência estavam Romuyki, o filho Juan, Ana Flavia e Carina, quando o trio chegou e anunciou o assalto.

Pai e filho teriam sido levados para o quarto do adolescente, onde teriam sido mortos asfixiados. De acordo com um dos presos, Carina teria participado do sufocamento de Romuyuki com um saco plástico. Já a mãe, Flaviana, chegou no condomínio mais tarde e foi vendada.

O que levantou suspeitas da Polícia é de que o carro de Ana Flávia e Carina entrou e saiu do condomínio seis vezes. A namorada Carina chegou às 20h na casa e estava de casaco com capuz, apesar de estar calor no dia. O fato gerou desconfiança da polícia.

O Jeep da família saiu condomínio às 0h50. O carro de Ana Flavia saiu na frente. Duas horas depois, os corpos de Flaviana, Romuyuki e Juan são encontrados carbonizados na Estrada do Montanhão. Quando os  Bombeiros chegaram, o veículo ainda estava em chamas.