Após audiência de custódia realizada neste domingo (14/12), a Justiça determinou a manutenção da prisão de um PM (Policial Militar) e cinco GCMs (Guardas Civis Municipais) detidos em flagrante no sábado (12/12), após matar um motorista durante perseguição, em São Bernardo.
De acordo com o TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), as prisões em flagrante de todos foram convertidas em preventivas, ou seja, não tem prazo para serem soltos.
O policial militar envolvido no caso é Bruno Teixeira de Oliveira, de 24 anos, enquanto os GCMs são Leandro Ledres de Oliveira, de 31 anos, Dione Ribeiro Camilo, de 40 anos, Ivone Soares Ribeiro, de 28 anos, Gabriel Dantes Batista, de 30 anos, e Fabio de Souza Santos, de 39 anos.
Os agentes de segurança são acusados de matar o motorista Flávio Santos de Amorim, de 30 anos.
A prefeitura informou que mesmo que os profissionais sejam soltos eles serão afastados dos serviços operacionais.
“Caso os guardas sejam soltos para responder em liberdade, serão afastados dos serviços operacionais e transferidos para funções administrativas. Caso contrário, continuarão à disposição da Justiça. A Prefeitura não compactua com nenhuma forma de abuso cometido pelos guardas e instaurou procedimento interno para apurar a conduta dos envolvidos, por meio da Corregedoria da GCM. Todas as medidas administrativas serão adotadas, podendo chegar à demissão dos funcionários”, afirmou a Prefeitura.
Entenda o caso
A Secretaria de Segurança Pública informou que a Central de Monitoramento do Município de São Bernardo pediu no sábado apoio para a Polícia Militar a fim de acompanhar um veículo que tinha desobedecido à ordem de parada da GCM e empreendia fuga.
“O motorista do veículo acompanhado atropelou um motociclista, fez menção de atropelar os Agentes de Segurança e fugiu novamente. Houve disparos por parte dos GCM e do Policial Militar. O motorista veio à óbito”
A ocorrência foi registrada no 1º Distrito de São Bernardo como homicídio simples, morte decorrente de intervenção policial, resistência e fuga de local de acidente. Foi solicitada perícia no local, além de exames dos indiciados e da vítima ao IML.
Segundo familiares, Flávio trabalhava como motorista particular e teria ido a uma festa durante a madrugada do sábado. Um familiar do motorista disse que o irmão bebia e era usuário de drogas, porém nunca teria se envolvido com crimes e não teria passagem pela polícia.
A documentação do veículo estava irregular e não se encontrava no nome do motorista que foi morto.
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