Cultura e Lazer

Justiça decreta falência da Livraria Cultura e editoras já recolhem livros

Decisão foi tomada mais de quatro anos após pedido de recuperação judicial

Decisão foi tomada mais de quatro anos após pedido de recuperação judicial. Foto: Reprodução

A Livraria Cultura teve falência decretada pelo juiz Ralpho Waldo de Barros Monteiro Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. O magistrado destacou em sua decisão nesta semana que a empresa descumpriu o plano de recuperação judicial e omitiu informações, o que retira qualquer perspectiva de superação da crise.

Um dia após essa decisão judicial, algumas editoras começaram a recolher os livros na sede da empresa que fica no Conjunto Nacional, na avenida Paulista. O receio é que, se as loja for lacrada, elas tenham dificuldades em reaver seus estoques.

Nesta sexta-feira (10/02) o cenário na principal unidade da Cultura era de várias prateleiras vazias e caixas de livros espalhadas pelo local.

Administradora judicial

Justiça decreta falência da Livraria Cultura e editoras já recolhem livros. Foto: Reprodução

O juiz também exonerou a atual administradora judicial, a pedido dela, e nomeou outro escritório para a função. Algumas das medidas determinadas foram a suspensão de ações e execuções contra a falida, proibição de transferência e venda de bens e o bloqueio judicial de contas.

Em 2018, a Cultura, que tem 70 anos de história no mercado, entrou com pedido de recuperação judicial por problemas financeiros causados pela crise de 2015. O pedido de recuperação havia informado dívidas de R$ 285,4 milhões – a maior parte com fornecedores e bancos.

Mesmo com a falência decretada, a Cultura publicou em suas redes sociais que todos os canais de atendimento ao cliente e as livrarias do Conjunto Nacional e do Teatro Eva Herz, em São Paulo, e a do Bourbon Shopping, em Porto Alegre, seguem funcionando normalmente.

A Livraria Cultura do Conjunto Nacional começou a ser esvaziada nesta sexta, com várias caixas de livros espalhadas e prateleiras vazias na matriz da empresa, mas loja informou que segue aberta até segunda ordem.

Ainda é possível adquirir exemplares no site da empresa, que oferece descontos de até 80% em algumas obras. Se a decisão de falência for mantida, as lojas deverão ser lacradas.

(Da Agência Brasil)

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Gislayne Jacinto

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